A fantasia faz parte da nossa vida sexual. Ela é muito mais comum do que se imagina e tem um papel de estimulador do desejo, das vontades da excitação. A psicoterapeuta sexual Kátia Horpaczky diz que fantasiar sobre sexo nada mais é do que um recurso natural para alcançar o prazer sexual combinando corpo, mente e sentimentos. Não se pode separar o corpo da mente, então pode-se dizer que toda fantasia sexual é considerada uma reação psicossomática.
A fantasia sexual tem vários objetivos, entre eles aumentar o prazer da atividade sexual; funcionar como substituto da experiência real (muitas vezes inacessível); induzir à excitação ou ao orgasmo; atuar como ''ensaio mental'' para experiências sexuais posteriores.
Homens e mulheres, voluntária ou involuntariamente, usam de artifícios para poder seduzir o parceiro. Entre os objetos usados pelas mulheres e que mais têm poder de sedução e provocam fantasias nos homens, podemos citar as lingeries, em especial, a calcinha.
Ninguém sabe ao certo quando a calcinha foi criada como peça de vestuário íntimo feminino, mas há registros de que no século 16, em Veneza, as prostitutas vestiam uma espécie de calção por baixo das enormes roupas da época, para provocar a libido dos mercadores.
Três séculos depois, na França, Josephine, companheira de Napoleão Bonaparte, passou a adotar roupas íntimas brancas e um pouco mais curtas. De lá para cá a evolução foi enorme e hoje podemos encontrar nas lojas especializadas uma infinidade de modelos para todos os gostos e bolsos.
Mas, independente do tamanho, do modelo ou da marca, a calcinha, além de peça de vestuário, é usada como objeto de sedução e tem um poder enorme na estimulação das fantasias masculinas.
É importante deixar claro que a fantasia sexual ajuda o casal a sair da rotina, dá um novo sabor à relação e isto é muito saudável.
Márcio Dantas de Menezes, médico e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual