Sexualidade

Mitos e verdades sobre o 'ponto g'

08 jan 2010 às 17:26

Tenho 23 anos e namoro um rapaz há oito meses. Perdi a virgindade com ele e estou com milhares de dúvidas. Ele é muito carinhoso, principalmente na hora de fazer amor. Nunca conversei com meus pais sobre sexo e talvez por isso eu saiba tão pouco sobre o assunto. Gostaria de saber mais sobre o tão comentado ''ponto G''.

O ponto de Graffenberg, ou o tão comentado ''ponto G'', como a leitora mesmo menciona, está localizado na parede vaginal e é constituído de epitélios pavimentosos e estratificados. Ele também é cilíndrico e possui fibras musculares de estruturas semelhantes as do restante da vagina.


Mas ao ser estimulado, o ''ponto G'' muda completamente de textura, transformando-se de uma forma lisa para áspera e mais rígida, como se estivesse encrespado. Também é interessante saber que quando o ''ponto G'' é tocado durante a relação sexual, a mulher sente uma sensação muito gostosa.


Na verdade, a importância deste local para a sexualidade das mulheres é porque no orgasmo vaginal (que só acontece quando este ponto é estimulado) ocorre, normalmente, a cada 0,8 segundos, uma contração, e em cada orgasmo acontece uma média de quatro a oito contrações.


Essas contrações têm a qualidade de tentar empurrar o pênis para fora, o que significa que a mulher está sentindo um orgasmo. Se o parceiro continuar com o estímulo, reagindo à expulsão do pênis, provavelmente a mulher atingirá orgasmos seguidos, ou seja, orgasmos múltiplos ou até mesmo sequenciais.


Já no orgasmo clitoriano, a estimulação se limita ao clitóris, sendo, portanto, bem mais localizado.


Localizar o ''ponto G'' é fácil. Meça a distância entre o umbigo e o clitóris. Feito isso, divida esta medida por três. A medida de uma das partes é a distância em que você encontrará o seu ''ponto G''. Explore o local onde for mais parecido com as rugosidades do céu da boca.


A partir de então é preciso descobrir a melhor posição para estimular este local, porque assim a relação sexual com o seu parceiro vai se tornar muito mais prazerosa.

Marilene Cristina Vargas, médica pós-graduada em disfunção sexual e diretora do Núcleo de Estudos de Sexologia de Curitiba


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