Como são as reações frente aos problemas da vida? Sempre podemos solucionar os problemas que encontramos enquanto vivemos. Em verdade várias soluções de problemas nos são ensinadas pela família, escola, trabalho, relacionamentos sociais.
E quando ainda não sabemos o que fazer para resolver os problemas do cotidiano? Genericamente temos duas formas de reagir frente a problemas na vida: deprimir e ficarmos nervosos.
Os mecanismos depressivos são formas de nos voltarmos para dentro, diminuir as atividades, diminuir as ações. A variação de reação vai desde o parar facilitando o pensar e reorganizar-se para tomar uma atitude adequada, até a depressão que impede ações e isola a pessoa do mundo produzindo pensamentos de incapacidade e de sentir-se sem saída, sem soluções.
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Nestes extremos temos pessoas que sofrem sem produzir efeitos negativos imediatos aos outros. Claro que as pessoas que estão ao redor sofrerão com a depressão continuada desta pessoa. Esta forma de reagir não soluciona nenhum problema.
A ansiedade é a outra forma de tentarmos solucionar problemas. Ficarmos ansiosos é a tentativa de dirigir-se para o externo, voltar-se para fora. Num extremo temos a produção de energia para solucionar o problema, uma reação muito adequada no mundo.
A ansiedade chamada de natural permite resolver coisas, mobilizar-se de modo útil. Mas a crescente ansiedade logo se transforma em ansiedades neuróticas. A ansiedade neurótica prejudica e dificulta chegar aos objetivos.
O nervosismo sentido atrapalha as ações e normalmente impede atingir as soluções buscadas pela pessoa. Mas ainda teremos a ansiedade como emoção expressa e a hostilidade, elemento mais destrutivo que se voltará mais visível para as pessoas à volta.
Frente a um problema existem pessoas que ficam muito ansiosas. Sob grande ansiedade, as emoções tomam conta e a racionalidade não permite ações adequadas e pode produzir problemas para si mesmo e para os que estão ao redor.
Podemos ter uma reação agressiva numa circunstância ou outra, mas algumas pessoas transformam esta expressão de ansiedade e nervosismo num mecanismo de ação cotidiana. O estresse é a forma de expressão crônica da ansiedade, impedindo o funcionamento normal do corpo, incluindo as emoções positivas e o raciocínio cerebral adequado.
As emoções negativas se somam o que transforma o comportamento em hostilidades, atitudes destrutivas contra os outros e o mundo.
Mas é necessário lembrar que também existem pessoas que somam as reações: estado depressivo com ansiedade, o que pode levar ao comportamento destrutivo dos outros e de si mesmas, causando até mesmo o suicídio.
Claro que o melhor ainda é aprendermos a solucionar problemas. Se um de nós perceber que estamos nós ou alguém por perto reagindo com nervosismo ou com inação: devemos dizer a esta pessoa o que vemos, pois ela precisa de ajuda! Seja para que não sofra, seja para não fazer sofrer!
Oswaldo M. Rodrigues Jr - psicólogo e terapeuta sexual (São Paulo)