Estas lesões, relatadas de modo superficial, podem corresponder a várias patologias. Descreverei brevemente algumas delas.
- Acne: a pele do pênis também contém glândulas sebáceas, que quando se inflamam provocam a tão conhecida espinha. O melhor a fazer é não tentar espremer a lesão, que na maioria das vezes tem resolução espontânea. Em alguns casos podemos lançar mão da aplicação tópica de antibióticos.
- Pápulas peroláceas penianas: presentes no sulco balano-prepucial (aquela depressão circular que fica logo abaixo da glande do pênis), são decorrentes da hipertrofia de certas glândulas desta região. Caracterizadas como pequenas ''bolinhas'' de cor clara, podem ser encontradas em até 30% da população masculina adulta, mas não representam nenhuma doença e não requerem tratamento.
- Foliculite: a região genital é rica em pêlos, que quando se inflamam provocam a foliculite. O que se vê é uma pequena lesão avermelhada e dolorosa na base do pêlo, podendo ser única ou múltipla. Pode ocorrer resolução espontânea ou pedir uso de antibióticos tópicos e/ou sistêmico.
- Condiloma acuminado: causado pela infecção do vírus HPV, é de transmissão sexual. Caracteriza-se pelo aparecimento de uma ou mais lesões em qualquer lugar da região genital ou anal, sendo mais comumente vistas no pênis. As lesões são como verrugas, de aspecto rugoso e de tamanho variado. O tratamento se faz de várias maneiras, desde medicações tópicas até cauterização elétrica.
No seu caso, o melhor a fazer é procurar o urologista para que o correto diagnóstico seja feito e, com isso, o tratamento adequado seja administrado.
Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia