Não importa a idade ou se a pessoa é virgem ou não, as carícias íntimas, quando realizadas sem a utilização de preservativos, podem transmitir o HPV, doença sexualmente transmissível mais frequente no mundo. Atualmente, estima-se que, aproximadamente, 10% das mulheres estejam infectadas e que pelo menos 50% da população sexualmente ativa adquiram o vírus em algum momento da vida.
Segundo a presidente da Associação de Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (Sogimig), ginecologista, Maria Inês de Miranda Lima, a maioria das pessoas elimina o vírus ao longo dos anos e somente 10% apresenta infecções clínicas, sendo que em alguns casos as mulheres podem desenvolver o câncer de colo de útero. "Quando o vírus não é eliminado pelo organismo, ele pode manifestar-se por meio do aparecimento de verrugas, mais conhecidas como condilomas, que podem ser genitais, perianais ou em outros órgãos. O mais perigoso e frequente, principalmente em mulheres, é o HPV 16, o mais frequente tipo relacionado do câncer de colo de útero", explica.
A ginecologista esclarece que as mulheres que passam por consultas preventivas regulares podem ter qualquer alteração detectada com exame clínico e citológico, conhecido como Papanicolau.
O resultado é o número de ocorrências registradas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) - mais de 18 mil novos casos de câncer do colo uterino no Brasil por ano e, aproximadamente, 4,8 mil mortes em decorrência da doença. O tempo entre a infecção pelo vírus de alto risco e o desenvolvimento do câncer pode variar em torno de 10 anos.