Este é um tema relativamente recente, começou a ser discutido com mais intensidade nos últimos cinco anos. Não há consenso nem idade específica para começar a reposição hormonal, depende da necessidade ou não do paciente.
Porém, a partir dos 40 anos, é importante para o homem fazer check-ups de hormônios regularmente, conferindo o nível de testosterona no sangue. O profissional recomendado para estes exames seria um endocrinologista. Ele avaliaria ainda taxas de açúcar e gordura no sangue, que são importantes indicadores da saúde da pessoa, e associar os exames para avaliação da próstata (PSA).
Alguns autores chamam o período depois dos 40 de síndrome da meia idade, quando o nível de testosterona começa a apresentar alteração gradativa. Esta alteração varia de homem para homem, sendo que alguns nem a sentem.
Quando a redução é mais evidente a pessoa se sente mais cansada, desanimada. Há a redução do desejo sexual, perda na qualidade da ereção e até, em alguns casos, aumento da gordura abdominal. Para exemplificar melhor, a testosterona é como se fosse um óleo lubrificante de motor. Ela lubrifica o corpo masculino e o faz funcionar melhor.
Existem várias causas para a deficiência na produção de testosterona. Ela é percebida mais acentuadamente em pacientes que sofrem ou sofreram doenças cardiovasculares, hepáticas ou pulmonares.
A reposição, no entanto, não é recomendada para todos. É o caso, por exemplo, de homens com histórico de aumento prostático, câncer de próstata. É bom que se diga que a reposição hormonal não provoca o câncer de próstata, mas pode estimular a progressão de um tumor já existente.
Se na sua cidade não existir um endocrinologista, todos os médicos estão aptos a solicitarem estes exames de sangue, na rede pública e nos convênios médicos.
Márcio D. Menezes, cirurgião vascular e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Sexual