O comportamento sexual é ainda um dos temas mais delicados e controvertidos da atualidade. É recomendável refletir sobre sexualidade, visto que é uma questão que mexe muito com o ser humano e que traz tantas consequências. Estudando e refletindo, é possível chegar a algumas conclusões sobre como exercer nossa sexualidade de forma sadia.
Entre as diversas parafilias existentes há o chamado pigmalionismo. Trata-se de um desvio sexual que se baseia na admiração exagerada por estátuas. Segundo uma lenda grega, Pigmalião foi um escultor da Ilha de Chipre que se apaixonou pela estátua feita por ele mesmo. Mas o pigmalionismo não ocorre somente com artistas que esculpem e se apaixonam por suas obras. Homens suscetíveis a esta parafilia poderão agravar o seu estado psicológico e emocional com esta prática, mesmo que nada conheçam de escultura. O pigmalionismo parece estar ligado diretamente à carência afetiva e também ao desajuste sexual.
A atração sexual que sentem pelas esculturas é tão intensa que pode levar certos indivíduos a se masturbar em museus, parques e jardins.
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Em outubro de 2007 a revista VIP publicou uma reportagem alusiva a este assunto, comentando que existem pessoas taradas que tentam apalpar as esculturas e às vezes até danificá-las.
É importante esclarecer que o interesse pelas cenas e imagens eróticas é natural, desde que não se transforme em paixão doentia.
Não podemos também afirmar que toda profanação de estátuas é de natureza patológica.
Em sexualidade, o normal é satisfazer-se e satisfazer sexualmente seu parceiro ou parceira, mas sem causar danos a si mesmo nem ao companheiro(a), tampouco ao meio social em que se vive. O que cada casal faz, sexualmente falando, só a eles interessa. Como indivíduos, só nos resta respeitar as diferenças que na realidade fazem do ser humano algo maravilhoso.
Marilandes R. Braga, psicóloga e terapeuta sexual, membro da Sociedade Brasileira de Estudos da Sexualidade Humana (Presidente Prudente-SP)