Há 121 anos, os brasileiros ganhavam o direito de oficializar a sua união sem a necessidade de se submeter às tradições religiosas.
A cerimônia de casamento ainda é percebida por muitas mulheres apenas como um dia de princesa, no qual somente a festa importa. O vestido, o buffet, a decoração, a percepção dos convidados e toda a tradição associada a esta data. E para muitos homens o casamento ainda é uma maneira de mostrar para a sociedade a sua intenção séria de constituir uma família.
Porém, optar por esta cerimônia tradicional apenas para agradar outras pessoas, atender a sonhos de consumo ou provar seriedade de intenção, pode ter como consequência o fato de que muitos casamentos chegam ao fim já no início da relação.
E depois de uma união que não deu certo é cada vez mais comum optar apenas por realizar o casamento civil ao encontrar um novo amor. Esta é uma maneira prática e rápida para formalizar legalmente o matrimônio. O casamento civil é definido como um contrato entre o Estado e duas pessoas tradicionalmente com o objetivo de constituir família. E a verdade, é que as cerimônias realizadas em diferentes religiões são belas e encantadoras, mas é o casamento civil que garante os direitos do novo casal.
O importante é que os casais têm opções e podem escolher entre a realização da cerimônia religiosa, no cartório ou realizar as duas. A maior comemoração em relação à instituição do casamento civil no Brasil foi o fato de que os casais passaram a ter opção. Esta possibilidade garantiu a felicidade de muitas uniões, que até hoje podem ser oficializadas perante a sociedade, sem a necessidade de convenções religiosas ou grandes investimentos para um dia de festa.
É interessante observar que a grande maioria das pessoas quer oficializar a união por meio do casamento civil, prova disto é a enorme adesão aos casamentos coletivos, promovidos e financiados pelo poder público. Nestas ocasiões, mesmo casais que vivem juntos há muitos anos comparecem para ''assinar os papéis''. Casar perante a lei é importante em todas as classes sociais e em todas as idades.
Sheila Chamecki Rigler - pedagoga (Curitiba)