Estudos desenvolvidos no Instituto Sapientiae, braço acadêmico do Grupo Fertility, revelam que pessoas que modificaram seus hábitos alimentares – reduzindo o consumo de fast food e de bebidas alcoólicas – durante o tratamento de fertilização assistida, duplicaram suas chances de engravidar. "Infelizmente, o hábito de almoçar em redes de fast food, consumindo os clássicos lanches com maionese e bacon, acompanhados de batatas fritas e refrigerante, já foi incorporado por muitos jovens, adultos e, inclusive, atletas. Além dos inúmeros estudos comprovando os malefícios à saúde como um todo – desencadeando obesidade e diabetes – há evidências do prejuízo causado em casais que desejam ter um filho", diz Assumpto Iaconelli Junior, especialista em Medicina Reprodutiva e diretor da instituição.
Além das carnes que levam hormônios para ficarem mais tenras, os alimentos que levam gordura trans na composição representam um verdadeiro perigo para a saúde, podendo retardar a gravidez. Iaconelli diz que o diabetes tipo 2 geralmente está associado à obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições podem causar deficiência hormonal na mulher, assim como ciclo menstrual irregular e infertilidade. Já o diabetes tipo 1, que normalmente acomete pacientes jovens, ocorre quando as células no pâncreas que produzem insulina são destruídas por anticorpos. Esse processo também pode se estender a outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, impossibilitando a gravidez.
"Gestantes que não mantêm o diabetes bem controlado nas primeiras semanas de gravidez têm entre duas e quatro vezes mais chances de gerar uma criança com defeitos, estão mais sujeitas a hemorragias e partos prematuros. Também os homens são afetados pela doença. Testes de DNA com espermatozoides de pacientes diabéticos demonstram maior quantidade de material defeituoso, podendo levar a infertilidade masculina, problemas de gestação e abortos espontâneos, principalmente quando o paciente não sabe que está diabético", diz o especialista. O aumento dos casos de diabetes tem preocupado os médicos. "Em cada seis casais em que um dos cônjuges é portador de diabetes tipo 2, pelo menos um precisa recorrer a técnicas de fertilização assistida."