Por definição, impotência sexual ou disfunção erétil (DE) é a incapacidade do homem conseguir ou manter uma ereção suficiente para completar satisfatoriamente o intercurso sexual. Estima-se que a DE acometa mais de 150 milhões de homens em todo mundo, sendo que as previsões apontam o crescimento deste número para até 320 milhões em 2025. Estatísticas da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que, no Brasil, 40 a 46% da população masculina entre 18 e 45 anos tem algum grau de impotência sexual.
A DE pode ser classificada em três graus: leve (quando a capacidade de manter ereção está pouco diminuída ou ocorre apenas esporadicamente); moderada (tipo mais comum - quando a capacidade de manter a ereção está moderadamente afetada, sendo frequente a insatisfação sexual) e grave (quando o paciente não consegue atingir a ereção em nenhuma ocasião com grande prejuízo para o desempenho sexual).
A impotência sexual pode não ser um problema definitivo, principalmente quando relacionada a causas psicogênicas, como estresse, ansiedade, preocupações cotidianas e indisposição. Uma vez que o paciente consiga 'superar' estas causas, ele pode facilmente recuperar sua função erétil. Em alguns estudos, a DE psicogênica é a mais prevalente.
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Existem também várias outras causas para a impotência sexual, entre elas: fatores neurológicos (AVC/derrame, lesões da medula espinhal, cirurgias que afetam os nervos pélvicos), fatores endócrinos (relacionados principalmente à insuficiência de testosterona, provocada por diversas patologias; o diabetes também causa DE), fatores vasculares (a principal causa é a arteriosclerose das artérias penianas, que diminui o fluxo sanguíneo para os corpos cavernosos e que tem como principais fatores de risco o tabagismo, hipertensão arterial e obesidade), medicamentos (antihipertensivos, diuréticos, psicotrópicos - antidepressivos e ansiolíticos) e drogas ilícitas.
Atualmente, o tratamento da impotência é bastante satisfatório e pode ser feito de várias maneiras. Às vezes, uma simples conversa com o médico pode esclarecer dúvidas e preocupações e reestabelecer a função sexual do paciente. Quando necessário, podem ser utilizadas medicações orais ou injetáveis. Como última alternativa, existem as próteses penianas.
Não é difícil saber se um homem é impotente. Se ele ou a parceira não estão satisfeitos com o desempenho sexual é motivo suficiente para procurarem ajuda especializada. A demora no tratamento pode agravar a condição ou até arruinar um relacionamento.
Juliano Plastina, urologista