Sexualidade

Existe tratamento para ejaculação precoce?

17 out 2011 às 15:52

Dentre os distúrbios ejaculatórios, o mais frequente é ejaculação precoce. A ejaculação precoce adquiriu evidência na história humana partir da idéia do disperdício do sêmen. No princípio do século XX, a ejaculação rápida era considerada quando ocorria antes da penetração, o que implicava em perda da ejaculação com finalidades reprodutivas. Com o tempo, incluiu-se ao problema a preocupação com o prazer sexual do casal.

A ejaculação precoce, tão frequente quanto a disfunção erétil afeta cerca de 20% a 38% dos homens em alguma fase da vida. A definição mais aceita é proposta pela American Psychiatric Association: ''Ejaculação precoce é a ejaculação persistente, ou recorrente, com estimulação sexual mínima, antes ou logo após a penetração, antes que o indivíduo a deseje.''


Pós-diagnosticado, o tratamento se baseia em medicamentos via oral, com antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos de serotonina, bloqueadores de fosfodiesterase, etc. Além de métodos de terapia comportamentais cognitivas e psicológicas.


Ejaculação Retardada: É de origem psicossexual, incide de 1% a 10% e consiste na dificuldade ou incapacidade de atingir ejaculação durante o intercurso sexual.


Ejaculação Retrógrada: É a emissão do ejaculado para dentro da bexiga. Pode ser secundária a processos neurológicos, alterações anatômicas congênitas ou adquiridas, endócrinopatias e uso de fármacos.


Anosgarmia ou Disfunção Orgásmica: É o atraso ou ausência persistente ou recorrente em obter orgasmo após fase normal de excitação sexual.


Assim, concluímos que os principais distúrbios ejaculatórios mencionados necessitam de uma abordagem minuciosa, com orientação criteriosa e detalhada do paciente e da parceira sexual, para que se possa estabelecer um diagnóstico e tratamento adequado.


Mitos e Verdades


É mito a idéia da maioria das pessoas que diz que ejaculação e orgasmo são a mesma coisa.


Ejaculação e orgasmo são fenômenos fisiológicos reflexos distintos, porém ocorrem quase imperceptivelmente juntos. Podendo ocorrer ejaculação sem orgasmo, ou o contrário.

Nicola Mortati Neto, urologista e titular da Sociedade Brasileira de Urologia


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