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Causas e tratamentos

Esclareça mitos sobre a ejaculação precoce

Sexo e Comportamento - Folha de Londrina
05 jul 2013 às 17:30

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- Divulgação
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A ejaculação precoce é um distúrbio que aflige um contingente grande de indivíduos. No conceito atual, ejaculador precoce é o homem que teve a ejaculação mesmo antes da penetração ou imediatamente após a mesma, de modo que impeça a satisfação do casal. A grande maioria dos homens atinge o orgasmo em média seis minutos após a penetração, podendo variar de três até 15 minutos.

Ansiedade é a principal causa da ejaculação precoce. Isso se origina na conotação de sexualidade que é dada ao adolescente. A sexualidade na maioria das vezes é tratada como proibida. A iniciação sexual, como a masturbação, é realizada no banheiro ou quarto com a porta fechada e sempre com a sensação de que alguém pode chegar e surpreender aquele ato proibido. Dessa forma, quanto mais rápido o orgasmo, melhor, porque diminui a probabilidade de ser surpreendido no ''delito''. As primeiras relações sexuais muitas vezes são proibidas e ocorrem na sala da ''sogra'', no banco do carro, ou com uma prostituta, o que ainda valoriza o orgasmo rápido.

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Porém, quando o homem passa a ter um relacionamento estável, descobre-se que o importante não é só o seu prazer, mas também o de sua parceira. Ele muitas vezes não está familiarizado com a sensação de excitação pré-orgásmica e aí ejacula precocemente. Com a ansiedade, o quadro pode se agravar.

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A primeira medida para tratar o distúrbio é a desmistificação. É importante esclarecer o que é o normal e informar que, dependendo da ansiedade do dia-a-dia, o indivíduo poderá experimentar ejaculação precoce ou até dificuldade para ereção, sem que isto seja um problema.


Drogas, como antidepressivos, que aumentam os níveis de serotonina como fluoxetina, paroxetina, podem ser úteis, mas o seu uso deve ser diário. Medicações que melhoram a qualidade da ereção não ajudam no tratamento da ejaculação precoce. Cirurgias, como a retirada do prepúcio e a denervação do pênis, não são recomendadas por não ter respaldo científico e não atuar no problema.

Horácio A. Moreira, urologista


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