Sexualidade

Entenda o que é segurança sexual

15 mar 2011 às 15:42

Sexo seguro refere-se ao sexo sem perigo de gravidez, sem agressão ou violência, sem perigo de pegar alguma doença sexualmente transmissível ou Aids. Quando estamos apaixonados não refletimos sobre isso. Só há espaço para o amor, o carinho, o tesão e a entrega. Isso é muito bom.

Sabemos que não é fácil tocar no assunto, principalmente com quem amamos e confiamos, mas hoje precisamos aprender a conversar sobre fidelidade, ''relação aberta'', vida sexual passada de ambos, sexo seguro, camisinha, Aids e Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs).


Qualquer pessoa que teve ou tem algum tipo de contato sexual sem camisinha (anal, vaginal ou oral) com alguém que se contaminou pode ter uma DST. Qualquer pessoa por mais limpa, cheirosa, de família ou saudável que seja pode se contaminar com uma DST sem saber.


Tanto para as DSTs, sexo seguro é evitar o contato com esperma, sangue e secreções vaginais. É importante enfatizar que não é o sexo que causa a doença e sim a troca destes líquidos.


Portanto, o importante não é deixar de fazer sexo como gostamos, mas é fazermos protegidos. E neste sentido, o uso da camisinha é sim o melhor meio de nos prevenir.


Porém, nem só de camisinha vive o sexo seguro. Outras possibilidades são a masturbação mútua, sexo sem penetração, carícias, beijos e tudo o que você for capaz de inventar. Fantasia e criatividade podem ajudar muito.


Sexo seguro também é a comunicação sincera e verdadeira entre o casal, na qual o respeito e a confiança são construídos no dia a dia, nas muitas conversas e acordos.


Sexo seguro é poder dialogar sobre nossos sentimentos, o que, quando e como gostamos, onde nada será aceito por medo, ameaça ou qualquer outro tipo de pressão.


Assim sendo, saber o que se quer e o que se faz torna o sexo mais seguro, e a descoberta do que proporciona prazer em si e no outro se estabelece nas trocas afetivas, nas experiências com o corpo, mas também com as palavras. Descubra o momento certo de falar, o jeito mais apropriado, mas não deixe de conversar sobre esse assunto.

Josani Campos, psicóloga especialista em psicanálise (Londrina)


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