Sexualidade

'Ejaculei durante o sono, e agora?"

30 dez 2009 às 17:25

A polução noturna é a emissão ou a descarga de sêmen durante o sono. Acontece principalmente durante a adolescência, na faixa dos dez aos 20 anos de idade. Estima-se que até os 15 anos pelo menos 15% dos meninos terão tido pelo menos um episódio de polução noturna.

A adolescência é a fase em que o corpo humano, tanto do homem quanto da mulher, desenvolve o seu amadurecimento sexual, com alterações hormonais e físicas bastante pronunciadas.


No homem, isto se manifesta pelo aparecimento de pêlos (pubianos, axilas e barba), mudança do timbre de voz e aumento dos órgãos genitais. É nesta época também que o homem fica apto a ter relações sexuais e pode engravidar uma mulher, pois começa a produzir espermatozóides continuamente. Esta produção vai se estender até o fim de sua vida.


Este período da vida é conhecido pela enorme tensão e conflito sexual, visto o rápido incremento hormonal e as consequentes mudanças corporais. Além disso, o adolescente começa a manifestar seu interesse e desejo sexual. Nesta fase, são frequentes também os sonhos eróticos, os quais, na maioria das vezes, culminam com a polução noturna: são os chamados ''sonhos molhados''.


Esta parece ser uma maneira do corpo humano eliminar o excesso de sêmen acumulado, visto que a polução pode acontecer também em homens mais velhos, que não tenham relações sexuais ou masturbações frequentes. Em adultos com vida sexual ativa e sem conflitos sexuais, este fenômeno é menos comum.


É importante a orientação dos pais para com seus filhos, a fim de explicar o fenômeno e a sua normalidade. Na adolescência há, geralmente, certa reserva dos meninos em expor suas dúvidas sexuais para a família. Aqui, a polução noturna pode ser motivo de preocupação e angústia para o jovem, por se sentir ''diferente'' ou ''com algo errado''.


Mitos e Verdades


- Mito: a polução noturna deve acontecer com todos os homens durante a adolescência.


- Verdade: a não ocorrência da polução não indica qualquer doença ou anormalidade, e sim que cada organismo funciona de um modo particular.

Juliano Plastina, urologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia


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