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Disfunção erétil não se relaciona apenas ao psicológico

Saúde - Folha de Londrina
31 mar 2011 às 15:48

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- Reprodução
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Mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos sofrem de disfunção erétil, que pode ser gerada por problemas de saúde e fatores psicológicos. A disfunção erétil diz respeito à dificuldade ou impossibilidade persistente de um homem ter ou manter uma ereção peniana que proporcione uma relação sexual satisfatória.

Até bem pouco tempo, o termo mais usado era impotência sexual, uma expressão que traz uma forte carga emocional negativa. É muito comum o homem que passa por este problema ficar frustrado, principalmente os mais jovens que estão no vigor da vida sexual.

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A disfunção erétil pode estar ou não associada à ejaculação precoce ou inibição do desejo sexual. A persistência do problema é causa importante do comprometimento da qualidade de vida, por se transformar num problema crônico. Estima-se que mais de 50% dos homens entre 40 e 70 anos sofram de disfunção erétil, em determinado momento da vida. Cerca de 10% nessa ampla faixa etária sofrem de disfunção erétil total.

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Para entender o que causa a disfunção erétil, é preciso compreender a fisiologia do pênis e como se dá a ereção. O pênis apresenta três colunas de tecido erétil. Duas, na parte superior, são denominadas corpos cavernosos e são distribuídas ao longo da extensão do órgão. A outra, que passa por baixo, é denominada corpo esponjoso e contém a uretra (ou canal urinário).

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Cada uma das colunas é circuncidada por uma membrana elástica chamada túnica albugínea. As colunas no interior do pênis são preenchidas por tecido esponjoso que, na verdade, é músculo liso semelhante ao músculo encontrado nos intestinos e na bexiga.


Um corte transversal do pênis mostra que esse músculo liso se assemelha a uma fatia de tomate. O tecido esponjoso contém músculos lisos, tecidos fibrosos, veias, artérias e cavidades.

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Quando o pênis está em repouso e flácido, as artérias se contraem, as cavidades se fecham e o pouco sangue que entra, sai pelas veias.


A ereção começa com estímulo físico e mental. Impulsos do cérebro e dos nervos fazem com que as terminações nervosas do pênis liberem óxido nítrico (NO), levando os músculos lisos dos corpos cavernosos ao relaxamento, aumentando a largura das cavidades, semelhantes àquelas encontradas no tomate, e permitindo que se encham com o fluxo de sangue.

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O sangue faz pressão, levando o pênis a se expandir. A ereção ocorre quando o tecido esponjoso se enche completamente de sangue. A túnica albugínea retém o sangue ao comprimir as veias, mantendo assim a ereção.


O processo se inverte quando outro conjunto de nervos libera a adrenalina, que faz os músculos contraírem, minimizando a entrada de sangue e aumentando a saída.

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Ter uma ereção, então, requer uma sequência de eventos. Uma vez iniciada, a ereção sexualmente estimulada se mantém por meio de uma complexa interação entre nervos e vasos sanguíneos.


Os músculos precisam relaxar, as artérias precisam dilatar e as veias precisam se contrair - tudo ao mesmo tempo. Se alguma coisa perturbar essa sequência de eventos, o indivíduo poderá ter disfunção erétil.

Oskar Kaufmann - urologista e especialista em cirurgia robótica em urologia (São Paulo)


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