Discutir a relação é comum na vida a dois. Mas antes, vale uma análise individual para que cada um possa se dar conta das perspectivas que assume sobre si e o relacionamento:
- Faça um retrospecto do relacionamento e veja desde quando as coisas não vão bem. O que tem prejudicado a relação?
- Como as coisas eram e como passaram a ser?
- Quais foram/são as suas dificuldades em lidar com tais situações? Quais suas qualidades em lidar com isso?
- Quais foram/são as suas dificuldades em lidar com o parceiro desde então? Quais suas qualidades?
- Como você se sente em relação ao que aconteceu? Como está sua auto-imagem desde então? Qual sua auto crítica a respeito? Como tem se sentido em relação ao parceiro?
- Como imagina o relacionamento no futuro?
Note que estas são as suas considerações sobre o que aconteceu e acontece. Seu corpo sente e pensa de maneira única assim como seu/sua parceira(o) também tem um corpo que pensa e sente de maneira única. Respeitando suas perspectivas e disposto/a a respeitar a perspectiva do outro inicie o dialogo.
Atitudes de desrespeito provocam no cérebro emocional um estresse que desestabiliza a capacidade de nosso cérebro racional de pensar de acordo com objetivos provocando um ciclo de ataque e defesa:
Dicas para um diálogo produtivo:
- Escolha hora e local adequados;
- Seja objetivo, sem rótulos ou julgamentos. Expresse seus sentimentos de forma suscinta e coloque o que você deseja. Repito: descreva sem rotular. A descrição tem a ver com a realidade e os sentimentos são só seus. Assim ambos direcionam a conversa sobre eventos reais e e compreensão dos sentimos um do outro;
- Já que você trará a sua perspectiva, use o ''eu'' em vez de ''você'';
- Para se referir ao cônjuge use o nome dele. Quando ouvimos nosso nome o corpo dá mais atenção;
- Mantenha um tom compreensível assim o cérebro racional fica mais sincronizado com o cérebro emocional.
No começo pode ser difícil. Mas a comunicação também é uma habilidade que precisa de treinamento. Com o tempo, você vai se sentir mais confiante e ainda, poderá viver o melhor do relacionamento, sem o desgaste das discussões.
Giovana Tessaro - psicóloga (Curitiba)