As emoções são um aspecto muito importante na vida do ser humano. Eram muito mais importantes nas fases anteriores, quando a humanidade ainda não tinha estruturado a linguagem e não fazia uso da gramática. Não era preciso pensar da forma que atualmente se pensa.
Nas épocas pré-humanas e pré-históricas, a emoção era mais necessária como elemento mobilizador do comportamento.
Hoje, a emoção ainda é um elemento importante como mobilizador do comportamento humano, em especial do cotidiano.
A emoção é disparada em uma área do cérebro que intermedia o que é pensado e todo o mundo exterior, incluindo o corpo e seu funcionamento. Isso traz implicações importantes. Tudo que pensamos passa pelo centro cerebral das emoções antes de formular um pensamento e provoca reações emocionais.
Se pensamos errado sentiremos coisas erradas e faremos coisas erradas. Portanto, pensar certo produzirá sentimentos certos e ações corretas. Um exemplo é o que pensamos sobre nós mesmos. Se pensamos mal de nós, sentiremos auto-piedade, logo, nos sentiremos mal. Outro aspecto é o que pensamos sobre os outros e sobre o mundo, e um terceiro aspecto é o que pensamos sobre o futuro.
Se usarmos este tripé ao analisarmos as situações em que se vive, compreenderemos mais o papel das emoções e como elas são eliciadas, produzidas.
Com este olhar, podemos reconhecer emoções que surgem a partir de pensamentos errados, e não em resposta ao mundo e o que acontece em nosso redor.
Ainda assim, o pensar impõe-se em muitas instâncias. Padrões de pensamento vão se formando desde nossos primeiros anos de vida. Quando estes padrões se estabilizam, sendo errados, passam a fazer parte do eu, o que se torna um problema extra na vida das pessoas que acham que são formas corretas e sofrem com as emoções negativas que estes padrões eliciam.
As emoções servem para alertar sobre um perigo, a necessidade de termos uma reação. Esta reação pode ser mediada por um pensamento, ser racional de acordo com nossos objetivos.
Se não forem mediadas as respostas acontecem de modo emocional, e muitas vezes de maneira inútil aos objetivos pessoais. As decisões não podem ser baseadas apenas em emoções.
Contar até dez parece ser uma boa medida para iniciar o processo de ponderação para uma decisão adequada.
Oswaldo M. Rodrigues Jr - psicólogo do Instituto Paulista de Sexualidade