''A pílula do dia seguinte'' foi utilizada pela primeira vez em 1973, já sendo assim denominada. O medicamento é composto por um único hormônio (levonorgestrel), e deve ser usado o mais rápido possível após uma relação sexual desprotegida, com um tempo máximo de 72 horas depois da relação.
A sua eficácia é maior quanto mais cedo for administrada. Em média, ela protege contra a gravidez, em cerca de três quartos dos casos que de outra maneira ocorreriam. A chance de ocorrer uma gravidez numa relação desprotegida gira em torno de 8%. Já com o anticoncepcional oral de emergência, esse percentual cai para 2%.
A recomendação médica é que o medicamento seja usado apenas nas situações de emergência e não como um método anticoncepcional regular. Após o seu uso, a mulher deve continuar com os outros métodos contraceptivos até a próxima menstruação (em especial os métodos de barreira, como o preservativo).
O uso da ''pílula do dia seguinte'' é recomendado para os casos de estupro (inclusive normatizado pelo Ministério da Saúde), ruptura do preservativo, esquecimento do anticoncepcional regular por dois ou mais dias, ou numa relação única e desprotegida, para evitar uma gravidez indesejada.
Como contra-indicação, não se deve usar o anticoncepcional oral de emergência se houver suspeita de gravidez, embora o medicamento não interrompa a gravidez.
Como efeitos colaterais podem ser constatadas náuseas e vômitos. Caso ocorram até duas horas após a sua ingestão, deve-se repetir a dose. O uso da pílula do dia seguinte pode levar à irregularidade menstrual naquele ciclo, adiantando ou atrasando a menstruação.
Mitos e Verdades
- Mito: a ''pílula do dia seguinte'' pode ser usada regularmente como método contraceptivo.
- Verdade: este método não é eficaz para as relações posteriores após o seu uso.
Marcelo Mendonça, ginecologista