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Família

Companheirismo minimiza frustração de não ter filhos

Saúde - Folha de Londrina
24 mai 2011 às 18:56

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- Reprodução
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Considerando que maio é o mês dedicado a família e que comemoramos no dia 15 o Dia Internacional da Família, somos levados a refletir um pouco sobre esse tema.

A família só começa existir no momento em que o casal tem um filho. Para a maioria das pessoas, ter filhos e formar uma família é um sonho e passa a ser uma meta em determinada época de suas vidas. Quando um casal decide ter um filho, despende de grande parte de seu tempo, pensamentos, energia e atenção para conseguir o seu intento. Se conseguir engravidar, essa criança tão desejada vem trazer alegria geral aos pais, avós, tios e outros parentes próximos.

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Porém nem sempre é assim que acontece. Muitos casais planejam, tentam e não conseguem tão facilmente realizar esse sonho. Após várias tentativas sem êxito, recorrem a um profissional para a investigação, ou se necessário, tratamento da infertilidade. Durante o tratamento a expectativa é grande, mesclada de temor e insegurança. Os casais ficam emocionalmente fragilizados.

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Nesse momento os casais necessitam de compreensão e apoio emocional. É uma fase muito difícil para o casal podendo ocasionar diversas reações tais como ansiedade, vergonha, raiva, negação, culpa, baixa auto-estima, desilusão, interferindo no relacionamento do casal e dos familiares e na diminuição da espontaneidade e satisfação sexual.

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A infertilidade, como um evento normativo no ciclo familiar, exige reorganizações relacionais, tanto em relação ao casal como à família extensa, para lidar com a carga emocional a que estão sujeitos naquele devido momento.


A infertilidade é um evento traumático para a maioria dos casais e o mais estressantes de suas vidas. A pressão dos pais e dos amigos torna-se um grande peso para os casais inférteis causando sofrimento e conflitos pessoais. É, pois, necessário que se alivie a ansiedade e o estresse e se restaure a auto-estima para que o sofrimento seja amenizado. Em geral as mulheres sentem mais responsáveis pela infertilidade mesmo quando diagnosticado um fator masculino. Elas se envolvem mais com esse problema e os homens podem sentir-se excluídos, não expressando suas emoções.


Os cônjuges devem lembrar que a infertilidade é um problema do casal, independente do fator ser masculino ou feminino. Essa compreensão alivia a culpa e reforça a união dos parceiros. Esses casais têm que reunir forças para enfrentar as dificuldades que poderão surgir e estarem preparados para entender que a vida não acaba diante de uma tentativa frustrada. Outras tentativas poderão ser feitas, e ainda, outras alternativas serão encontradas para realizar o sonho e trazer a alegria tão esperada a esses casais.

Edi Anita Cordeiro Henriques - terapeuta de casal e família (Londrina)


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