A resposta sexual feminina é muito variável. As mais jovens costumam levar até 16 minutos para chegar ao clímax, enquanto as mais velhas (após 40 anos) atingem mais rápido (de três a sete minutos). Há também as que apresentam resposta sexual demorada. Já as orgásticas, mesmo após a estimulação demorada têm resposta sexual nula, ou seja, nunca atingem o orgasmo, nem vaginal e nem clitoriano.
Essas seriam as verdadeiramente frígidas. A mulher com disfunção de desejo não tem libido ou se satisfaz com menos de duas relações sexuais por semana. Muitas já apresentaram em determinada fase de vida algum tipo de orgasmo ou o têm de vez em quando, dependendo do parceiro. Estas não podem ser consideradas frias, mas sim com resposta sexual lenta ou disfunção orgásmica parcial.
Entre as causas mais comuns que levam à diminuição da libido e das alterações da resposta sexual estão as doenças hormonais, pélvicas infeccionas, renais, hepáticas, diabetes, neurite, além de alcoolismo e uso indiscriminado de calmantes, antidepressivos ou moderadores de apetite.
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Nestes casos, além de tratar a doença base, deve-se fazer uma reposição hormonal e de oligoelementos, como magnésio, ferro, zinco e cálcio, como também uma reeducação sexual. Uma observação curiosa: a maioria das mulheres com disfunção de desejo começou a vida sexual mais tarde e a masturbação somente após a primeira relação, quando isto deveria ter acontecido ainda na adolescência.
Marilene Cristina Vargas é diretora do Núcleo de Estudo de Sexologia e Geriatria (Curitiba-PR), membro da Sociedade Mundial de Pesquisa e Impotência (ISIR) e membro do Comitê Científico da Sociedade Mundial de Orgasmologia