Quando direcionados para o sexo oposto a atração erótica, o desejo e o envolvimento afetivo é chamada de heterossexualidade. Pessoas do mesmo sexo, quando sentem-se atraídas, essa relação é denominada homossexualidade. Pessoas que se atraem pelos dois sexos levam o nome de bissexuais.
Conceituam-se por relações bissexuais aquelas mantidas com pessoas tanto do mesmo sexo quanto de sexo diferente. O bissexualismo masculino é hoje fonte de preocupação no tocante ao aumento de doenças sexualmente transmissíveis. Sua prática é muito comum na sociedade, mas não é assumida pelos praticantes. Muitas vezes, homens casados que mantêm relações regulares com suas parceiras são bissexuais, porém não assumem que têm esta orientação sexual. Mas é evidente que a bissexualidade é tão masculina quanto feminina.
A orientação sexual desenvolve-se ao longo da vida, de forma que cada pessoa pode se reconhecer como heterossexual, homossexual ou bissexual.
Leia mais:
Comportamento de risco aumentou infecções sexualmente transmissíveis
Programas focados em abstinência sexual não são eficazes, diz SBP
Evento em Londrina discute vida sexual em relacionamentos longos
Você sabia que colesterol alto pode levar à impotência?
Descobrindo-se bissexual a princípio, a pessoa sente-se meio confusa, mas à medida que vai vencendo os próprios preconceitos e traumas, tenta se aceitar como é.
Freud já dizia que o ser humano nasce com a possibilidade para ser bi, mas ao relacionar-se com a família e a sociedade, busca uma identidade sexual que julga ser mais aceita.
Pouca atenção tem sido dada ao comportamento bissexual. A sexualidade é um aspecto complexo da natureza humana. É uma questão delicada, e por isso é importante que não nos prendamos a rótulos, generalizações ou pré-conceitos. Devemos, sim, respeitar a condição do outro, visto que todo ser humano tem direito de ser feliz, independentemente de sua orientação sexual.
Marilandes Ribeiro Braga, psicóloga e terapeuta sexual