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(Pré)conceito

Como não ter vergonha do próprio corpo?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
10 nov 2009 às 18:39

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Esta insatisfação, quando moderada, é até normal. O problema é quando a insatisfação passa a interferir no dia-a-dia da pessoa. - Reprodução
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Quando você se olha no espelho, o que vê? A pessoa que você gostaria de ser ou você acha que alguns retoques iriam cair bem? São poucas as pessoas que afirmam, sem nenhuma dúvida, que estão inteiramente satisfeitas com o próprio corpo.

Esta insatisfação, quando moderada, é até normal. Alguns não gostam do tamanho do nariz, outros gostariam de ter um queixo mais harmonioso, há pessoas preocupadas com o peso, algumas mulheres sonham em ter seios maiores, outras querem seios menores. Enfim, a imaginação não tem limite.

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O problema é quando a insatisfação passa a interferir no dia-a-dia da pessoa, no seu trabalho, no círculo de amizades, na família. E um dos pontos-chave é com relação ao sexo, a atividade sexual. Há quem não consiga tirar a roupa para ter uma relação sexual com o parceiro com vergonha do próprio corpo. E, ao contrário do que se imagina, não são casos tão raros.

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Recentemente, uma jovem nos procurou no consultório para colocar uma prótese mamária. A jovem tem um rosto muito bonito e um corpo perfeito. Porém, os seios eram muito pequenos. Aos 17 anos, ela não havia beijado nenhum rapaz ainda. Ela disse que tinha vergonha e não admitia que nenhum rapaz se aproximasse, pois temia que ele percebesse que os seios dela eram diminutos. Como evitava todos os garotos, era vista na escola como uma pessoa arrogante e prepotente.

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Depois da cirurgia plástica, com a colocação da prótese mamária, a vida dela mudou. Ela se transformou numa menina mais sociável, sem medo de relacionamentos. Para as mulheres, a mama representa a feminilidade.


Quando a pessoa não está feliz com o próprio corpo, ela se censura, se reprime. Imagine, por exemplo, uma mulher que passou a maior parte de sua vida pesando 120 quilos ou mais, com baixa estima, com vergonha de se expor, de se relacionar. E depois de um tratamento, passa a pesar 60 quilos. A transformação é muito grande na vida dela. Quando a pessoa se sente bem com seu corpo, tudo melhora, inclusive e principalmente, a sua performance sexual.


Quem tem a vida sexual ativa e prazerosa sente-se muito mais feliz, é menos estressado, menos agressivo, mais sociável. Há uma melhora global na vida. Hoje, a cirurgia plástica consegue corrigir quase tudo. Porém, é preciso deixar claro que ela não faz milagres.

Elaine Paixão Alonso, cirurgiã plástica (SP)


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