Quando as mulheres perdem a excitação, infelizmente muitas, ou todas, mantêm a relação e perdem a oportunidade de dizer de seu desprazer e ensinar o homem que um dia ele também deverá ter esta liberdade antes de perder a ereção e se expor aos agravos de uma disfunção sexual.
Ocorre naturalmente a redução da ereção, parcial ou total, quando há redução do nível de excitação sexual, como, por exemplo, numa posição sexual desconfortável. Nem todos os momentos de intimidade são excitantes, nem todos os odores são agradáveis. Iniciativas da parceira podem causar insegurança e a falta persistente delas leva a uma rotina enfadonha.
Como os casais praticam, mas não discutem o sexo que fazem, também não adivinham o que o outro gostaria de sentir, e muitas vezes nem querem qualidade alguma, apenas que terminem. Muitos merecem colher a indiferença e a insensibilidade que semeiam.
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As mulheres podem compreender bem por que eles falham e perdem a ereção. A falta de criatividade, a rotina conjugal, a recusa de estímulos (não recebo, logo não preciso retribuir), a pressa de iniciar logo a penetração, a repetição de posições. Elas podem sentir ainda quando eles estão por um triz para falharem, com aquela ereção incompleta, que quando atingem o orgasmo, logo a perdem por completo.
Em adolescentes, esta perda de ereção sinaliza ansiedade e temor de desempenho. Nos idosos, ela ocorre progressivamente com perda da qualidade de ereção.
É essencial as mulheres fazerem da intimidade a liberdade de brincar com o outro, de propor algo diferente, como a fantasia que ele gosta, mas sem insistência.
E mesmo que depois não o façam, dar um tempo é importante e principalmente agir com naturalidade sem demonstrar pena. Na próxima vez, é bom valorizar as preliminares, iniciar a relação depois de bons estímulos e com ótimo nível de excitação.
Este pode ser o momento de discutir a sexualidade conjugal e entender que a terapia de casais tem indicação também para resgatar a qualidade de vida sexual.
Maurílio J . Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual