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Comportamento

Como fica o sexo no namoro a distância?

Sexo&Comportamento-Folha de Londrina
29 dez 2009 às 19:18

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- Reprodução
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É fim de semana. Após o trabalho, o descanso. Dois dias para cuidar de si mesma. Logo pela manhã um banho rápido, café da manhã e rumo ao salão de beleza. Fazer o cabelo, as unhas e, claro, a depilação. A ansiedade toma conta, pois à noite seu amado virá à sua casa após semanas sem se encontrarem. Ele mora em outra cidade. Fazer as coisas de que ele gosta é importante, mas sem deixar de ser você mesma.

Início da tarde, hora de ir às compras. Uma lingerie nova é fundamental. Algumas coisas para comer e beber do tipo queijos, castanhas, vinho suave e morangos.

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Voltando para casa, para dar o toque final. Um banho demorado, aquele óleo perfumado, a lingerie por baixo, uma roupa decotada e sandálias de salto alto. Ao olhar-se no espelho, um sorriso aparece demonstrando total aprovação.

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Esta é uma pequena história, que pode ser a realidade das mulheres que mantêm um relacionamento a distância. Pouca gente acredita que um namoro resista à distância. Mas isso depende da expectativa de uma relação amorosa. Se namorar significa ter a outra pessoa sempre ao lado, só sair com ela, saber a qualquer momento o que está fazendo, é pouco provável que resista mesmo.

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As frustrações serão muitas e por vezes impossíveis de suportar. A questão é que um namoro a distância não é compatível com os ideais do amor romântico. Este tipo de amor prega que a pessoa amada é a única fonte de interesse e que nada na vida tem graça se não estiver presente. Além disso, surgem as inseguranças.


Ser trocado por quem estiver por perto é uma ameaça constante. Depois de passar pela infância e adolescência, atingindo a idade adulta com um grau de independência elevado, é comum imaginar que estão superadas todas as dependências que o indivíduo tinha da mãe, quando criança.

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Mas não é isso o que ocorre. Entrando numa relação amorosa, a dependência infantil reaparece com força. No par amoroso é depositada a certeza de ser cuidado e de não ficar só. A distância faz sentir o desamparo, o mesmo quando a mãe se ausentava. Muitos acreditam até que o parceiro deve estar sempre pronto para suprir as necessidades do outro.


Um namoro a distância pode ser ótimo, se as pessoas envolvidas tiverem outras expectativas. Então não pode haver controle, ciúme, possessividade ou dependência. Os dois só mantêm a relação porque se amam e sentem muito prazer quando estão juntos.

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Mas como tudo na vida, existem vantagens e desvantagens, e neste relacionamento é concreto o fato de que não vai durar para sempre. Haverá um dia em que o casal optará pela convivência diária ou a separação definitiva. Em determinado momento, haverá a necessidade e, com isso, a cobrança por parte de partilhar o dia-a-dia.


O fato de morar em cidades diferentes e o desejo de ficar juntos implica, quase sempre, em renúncia unilateral, ou seja, deixar o emprego, família e amigos. Este tipo de decisão acontece quando existe um sentimento muito forte entre ambos, capaz de romper barreiras para ficarem juntos. Por isso, é preciso ''o algo a mais'', mesmo sem a certeza de que dará certo. Coisas que só o amor explica.

Eliane Marçal, psicóloga clínica e hipnoterapeuta


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