Sexualidade

Como entender o orgasmo feminino?

06 out 2010 às 19:23

Na resposta sexual feminina, a ordem desejo, excitação e orgasmo pode ser diferente. Elas podem começar pela fase da excitação, com posterior decisão sobre o desejo sexual. É como se acessassem a ''agenda'' das pendências, sentimentos e mágoas para decidir se terão ou não a relação sexual.

A própria percepção do orgasmo para as mulheres é questionada, visto que o essencial é a realização sexual, que não necessariamente exige atingir um ou mais orgasmos. Como não há secreção ejaculatória, é muito excitante e de intenso prazer a percepção das contrações dos músculos vaginais, que ocorre de três a 15 vezes quando se atinge o orgasmo, sendo mais nítidos os primeiros.


O orgasmo pode levar à respiração ofegante, sudorese, vermelhidão da face e tórax, aumento da pressão arterial e sensação de entrega, abandono, solidão e felicidade. O tempo que decorre entre a penetração e o orgasmo é muito variável, e está na ordem direta dos estímulos e intimidade com o outro. Ocorre em um ou até mais de 15 minutos, sendo diferente até mesmo de uma relação sexual para outra.


São dúvidas comuns se é normal a demora para o orgasmo pelo temor de cansar ou não agradar o parceiro. A questão é ser egoísta na relação e pensar em si e em seu prazer. Esta busca dará prazer ao outro e o realizará.


Outra dúvida comum é se a pessoa já atingiu o orgasmo e como ele ocorre. O melhor meio de se conhecer é durante a masturbação. A forma como o orgasmo responde à excitação é a mesma, não existindo diferença se provocado por estímulo clitoriano, pela penetração, ou por ambos.


Quando o prazer é intenso, elas também ''seguram'' o orgasmo para prolongar ao máximo aqueles momentos. Esta é a melhor resposta, quando se demora pela intensidade e não pela falta de prazer, de estímulos, de carinho. Outras vezes, iniciam a relação de forma descuidada, com baixo nível de excitação e aí ficam pelo caminho. O direito de sentir e expressar seu desejo sexual é uma conquista feminina.

Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual


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