A fobia social é uma ansiedade intensa demonstrada quando o indivíduo se depara com situações em que é avaliado. É normal a pessoa se sentir um pouco acanhada quando é observada, mas diferente da timidez, o fóbico social não enfrenta a situação, e sim esquiva-se dela.
Considere-se patológico quando a pessoa que sofre de fobia social deixa de fazer algumas coisas que são importantes no seu dia a dia, como deixar de concluir um curso, não dirigir ou não ir a uma entrevista de emprego. O que caracteriza a fobia social são tremores, sudorese, sensação de bolo na garganta, dificuldade para falar, mal estar abdominal, diarreias, tontura, falta de ar, vontade de sair imediatamente do lugar onde está e baixa autoestima.
Geralmente não conseguem dizer não a um vendedor insistente, se sentem mal em assinar algo em público, falar em público, dirigir, cantar ou tocar algum instrumento, comer ou beber, ser fotografado ou filmado, usar banheiro coletivo.
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O diagnóstico para essa fobia deve ser feito quando a pessoa apresenta sensações de ansiedade e desconforto sempre que exposta. Muitas vezes, em situações fóbicas, a pessoa tem sintomas semelhantes à síndrome do pânico, por isso, o indivíduo evita essas situações que para ele são estressantes. Muitos tentam tomar bebida alcoólica para se sentir mais desinibidos no desempenho de tarefas. Porém, essa atitude é errônea pois há o perigo do desenvolvimento de alcoolismo.
O tratamento é medicamentoso e também com acompanhamento psicológico. É pouco provável ter uma melhora total, embora muitas pessoas cheguem perto disso.
Os homens são os mais atingidos por essa fobia. Na grande maioria das vezes o início é localizado na época em que começaram a se dar conta de que eram mais tímidos do que os outros, especialmente na infância. O mais tardar que a fobia social pode começar é no início da idade adulta, em torno de 20 anos.
Em relacionamento amoroso, o fóbico social tem medo de se entregar, pois, além da dificuldade em se relacionar com o sexo oposto, ele tem o medo de não ser correspondido e de ficar desprotegido. Muitas vezes são medos inconscientes que têm relação com insegurança, sentimentos de impotência, que poderiam vir ser observado por outros.
Pessoas com fobia social grave podem evitar relacionamento para não passar por frustrações de rejeição. O medo de não ser a pessoa que o outro procura o deixa aflito, opta pela fuga ao invés de investir num relacionamento. Pode estar ligado à consequência de uma ou mais experiências traumáticas.
A fobia social é essencialmente o excesso de ansiedade enquanto se está sob o olhar de uma ou mais pessoas. Os fóbicos sociais sempre sabem que têm algo diferente da maioria das pessoas, mas não sabem que se trata de um transtorno, muito menos que tem tratamento, senão a atitude deles seria diferente.
Natália Del Padre - psicóloga (Santo Antônio da Platina)