O ciúme pode externar-se por muitas formas de emoções, tais como ira, humilhação, ansiedade, tristeza, ódio, decepção e vergonha. Com elementos assim tão vagos e muito pessoais, o ciúme é um sentimento complexo, que desafia uma investigação científica.
A ciência não duvida do ciúme. A psiquiatria reconhece certas formas extremas de ciúme como um tipo de paranóia (distúrbio mental caracterizado por delírios de perseguição e temor imaginário de a pessoa estar sendo vítima de conspiração).
Aliás, parece próprio do ciúme estar sempre associado a alguma forma de medo ou insegurança. Tipicamente a pessoa ciumenta precisa de constante reafirmação de seu amor próprio. Em geral, desconfia de seu próprio valor, e por isso tende a julgar que não é tão importante nem bastante amada(o).
O relacionamento sexual leva a um instinto de posse do corpo, das atitudes e do pensamento do(a) parceiro(a). Quando existe a posse de algo, tenta-se esconder, não expor, não ser visto ou tocado por outros, principalmente se este outro for do mesmo sexo.
As atitudes de ciúme levam às vezes a prejuízos físicos e psicológicos irreparáveis, chegando até a castrações ou mutilações físicas. O prejuízo da resposta sexual do casal estará sempre presente frente a atos de ciúme intenso, que tira a liberdade do pensar e do agir do companheiro(a).
Celso Marzano, urologista e terapeuta sexual