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Síndrome

'Bexiga hiperativa' pode atrapalhar vida sexual

Sexualidade - Folha de Londrina
06 jul 2011 às 16:06

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- Reprodução
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A síndrome da bexiga hiperativa figura entre os principais problemas urinários em ambos os sexos. Manifesta-se por uma vontade incoercível de urinar, aumento no número de micções durante o dia e a noite e, em muitas vezes, é acompanhada por perda involuntária de urina, chamada de incontinência urinária.

Estima-se que 19% da população brasileira sofra dessa disfunção miccional. Só um quarto dessa população busca atendimento especializado. As razões são diversas: acreditar na normalidade da situação, apesar do comprometimento marcante da qualidade de vida, associar a situação urinária a outras vivenciadas por parentes, crer na inexistência de um tratamento efetivo, ou simplesmente, vergonha.

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Metade dos portadores evitam manter atividades sexuais. O impacto da bexiga hiperativa na vida sexual envolve vários aspectos, tais como a diminuição do desejo sexual, o receio de perdas durante as relações, o constrangimento pelo odor de urina nas roupas e as feridas desencadeadas pela umidade local constante.

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Não apenas mulheres sofrem de transtornos na esfera sexual. Entre os homens com bexiga hiperativa a atividade sexual cai a um terço e a disfunção erétil ocorre uma vez e meia a mais quando comparados a homens com a função vesical preservada. A disfunção erétil nesse grupo de pacientes se assemelha à observada em outras doenças classicamente envolvidas com essa fisiopatologia, como o diabetes mellitus e a hipertensão arterial.

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As opções de tratamento são várias, desde medidas comportamentais e exercícios pélvicos à aplicação da Toxina Botulínica na bexiga, passando pelo uso de medicações orais. O tratamento cirúrgico figura como opção final, quando as precedentes falharam, o que tem ocorrido cada vez menos. A melhora da qualidade de vida após a obtenção de sucesso no tratamento é marcante também entre outras situações desencadeadas pela existência da bexiga hiperativa, como no desempenho profissional e na depressão.


O retardo no diagnóstico e tratamento acarreta um desgaste na vida sexual, muitas vezes com danos irreparáveis no relacionamento de um casal.

José Carlos Truzzi - urologista


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