A carência afetiva pode ser caracterizada por uma pessoa que exige/demonstra afeto exacerbado na relação. Esse comportamento pode trazer mal-estar à relação, uma vez que poderá gerar comportamentos de ciúme, ansiedade, angústia, dependência.
Este tipo de carência demonstra dominação, no qual se acredita que um precisa estar o tempo todo ligado ao outro, gerando uma relação simbiótica. Neste contexto cria-se uma co-dependência da parceria, onde um depositará no outro toda a responsabilidade de sua felicidade, como se o(a) parceiro(a) tivesse a necessidade e obrigação de fazê-lo(a) feliz. Esquece-se que um é somente um complemento da vida do outro e que a capacidade de ser feliz está em cada um, nas relações que a pessoa estabelece com o mundo e nas escolhas que faz ao longo de sua vida.
Mas também devemos ter cuidado ao diagnosticar esse quadro, pois em alguns casos é possível encontrar pessoas que simplesmente não sabem atuar em um relacionamento e, às vezes, julgam um comportamento afetivo adequado de forma estereotipada, assim atribuindo culpa à parceria, deixando de se responsabilizar por sua parcela de envolvimento no êxito ou fracasso dessa ralação.
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Os dois casos podem gerar dificuldades na relação, é muito importante que o casal consiga manter uma comunicação saudável e um relacionamento maduro, para assim juntos procurarem alternativas para melhorar essa relação.
Quando um casal convive por algum tempo com comportamentos inadequados, sua tendência é tornar o ambiente inóspito, levando à irritabilidade de ambas as partes. Isso facilita uma relação caracterizada por minimizar as qualidades e potencializar os defeitos de cada um.
Com isso o casal pode se tornar inadequado pela dificuldade de comunicação. Estas dificuldades promovem discussões, perseguições e crenças irracionais, que por sua vez podem gerar pensamentos irracionais.
O ideal, nessas condições, é que ambos procurem ajuda profissional para rever e determinar juntos qual a melhor forma de prosseguir com a relação. Nesse processo é importante trabalhar a autoestima do casal, ressignificando a autonomia e independência de cada um, delimitando assim um espaço para que essa relação seja saudável e de qualidade.
Diego Henrique Viviani, psicólogo