Os tabus foram quebrados e o orgasmo não é mais aquele bicho-de-sete-cabeças. A busca do prazer depende cada vez menos de técnica e mais da atenção. Um olhar que seleciona e aproxima o objeto de desejo. Um cheiro que atinge os centros cerebrais superiores da resposta sexual. Um simples toque. Estes são os primeiros estímulos que podem levar à perda momentânea da consciência.
Ficar fora do ar por no mínimo 90 segundos, ruborizar, sentir ondas de calor se espalhando pelo corpo, ter aumento da frequência cardíaca, sentir contrações musculares generalizadas são sinais evidentes de que o orgasmo está acontecendo.
Depois continuam as carícias, murmúrios, a conversa mais íntima, encaminhando o casal para o sono tranquilo. É assim que funciona a química do amor com a maioria das pessoas que não apresentam nenhuma disfunção orgânica, não sofrem de frigidez e não são anorgásmicas.
A resposta sexual do ser humano depende de fatores biológicos e psicológicos. É imprescindível que cada um conheça como é formado o seu corpo. Para entender a sexualidade, é importante, sobretudo, saber quais órgãos estão envolvidos direta ou indiretamente com a resposta sexual.
Com a liberação sexual, a quebra de tabus e a emancipação feminina, o acesso ao orgasmo ficou mais fácil. Hoje, a abordagem do tema é diferente, e a importância que o sexo adquiriu na vida das pessoas também. No século passado, falava-se pouco sobre sexualidade. Homens e mulheres eram obrigados a silenciar diante de suas dúvidas e inseguranças.
No entanto, ainda há pessoas hoje que não têm consciência de que apresentam alguma disfunção, como no caso dos ejaculadores precoces. Quando conseguem bom controle na segunda ereção, pensam ser ótimos amantes e não entendem porque suas parceiras, às vezes, se mostram anorgásmicas.
A falta da informação pode causar problemas. Por isso, é importante procurar ajuda especializada, em caso de dúvidas.
Marilene Cristina Vargas, médica pós-graduada em disfunção sexual e membro do Núcleo de Geriatria de Curitiba