A dificuldade de ereção é muito frequente em pacientes com diabetes do tipo 1 ou 2, ou seja, a doença adquirida ou juvenil. Em geral, a dificuldade de ereção é o primeiro sintoma de indivíduos que apresentarão diabetes no futuro. Além disso, cientistas norte-americanos afirmam que 50% deles ficarão impotentes durante a evolução da doença.
A dificuldade de ereção do diabético pode ser decorrente de alterações vasculares ou neurológicas, sendo mais comum que ocorra devido a problemas vasculares, sem que sejam afastadas as causas neurológicas.
São necessários exames físicos detalhados, assim como exames laboratoriais de sangue e exames de avaliação da tumescência peniana noturna, falografia e até mesmo uma ultra-sonografia computadorizada. Nos casos em que a glicose mantém-se elevada às vezes necessitamos pedir uma medida de potencial elétrico.
Durante o 8º Congresso Mundial de Impotência em Amsterdã, foi relatado que existe uma relação direta dos altos índices de glicose e de lesão neurológica peniana. Este trabalho é muito importante, pois ele vem alertar todos os diabéticos da necessidade de fazer dieta pobre em açúcar e fracionar em cinco vezes ao dia para manter os níveis de glicose em níveis suportáveis.
O diagnóstico é fácil e o tratamento é bem-sucedido, pois existem medicamentos para a correção da disfunção erétil diabetogênica. O importante é fazer um diagnóstico correto e também a prevenção dos problemas neurológicos.
Marilene Cristina Vargas, médica do Núcleo de Disfunções Sexuais e Rejuvenescimento (Curitiba)