Sexualidade

A 'complexidade' do prazer feminino

05 mar 2010 às 19:50

As pesquisas na área da sexualidade feminina são mais complexas e não têm respostas para tudo, como o curioso Ponto G, cuja hipótese foi criada em 1950 pelo médico alemão Ernst Grafenberg. Esta denominação de ponto G, em sua homenagem, foi criada em 1981, por Addiego ET. Al.

Esta hipótese, sem confirmação científica até os dias atuais, descreve que existem mulheres que possuem uma pequena área na parede vaginal anterior - no primeiro terço da vagina, atrás do osso púbico, na projeção da uretra - que quando estimulada, provoca intensa excitação sexual. É referido como uma saliência enrugada, ovalada, diferente do toque na parede vaginal.


Como para todos os estímulos sexuais, existem pessoas que não sentem prazer algum quando tocadas nesta área. Para outras, o simples toque com os dedos, na vulva ou na vagina, causa intensa excitação e prazer, independente de ser no referido Ponto G.


O grande feito desta hipótese foi estimular as mulheres a se tocarem e a descobrirem as áreas mais erógenas de seu corpo, até mesmo para saber dizer a seus pares onde e como gostam de ser acariciadas.


Uma das limitações é que a masturbação feminina pode ser apenas pela manipulação do clitóris, sem a necessidade de tocar a vagina. Outra limitação para elas é o nojo da lubrificação vaginal, que ocorre com a excitação sexual, pela sua viscosidade e quantidade.


Existem receios também quanto ao risco de doenças ou de se ferir ao introduzir os dedos ou objetos durante a estimulação. Ou ainda de perder a elasticidade vaginal com estes estímulos e ficar com flacidez.


Mas bastam os cuidados normais de higiene, estar excitada e, portanto, lubrificada, ou usar um gel, e entender que esta é uma área do corpo que foi criada para suportar atrito e dilatação sem perder sua função. O tônus vaginal (ser apertada ou flácida) é uma característica inata de cada mulher, e pode ser corrigida com exercícios perineais.


Mitos e Verdades


- Mito: o Ponto G é uma área vaginal de intenso prazer
- Verdade: não existe comprovação científica desta hipótese

Maurílio Jorge Maina, ginecologista e especialista em terapia sexual


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