Desde os primeiros casos confirmados de coronavírus no Paraná, foram abertos cerca de dois mil leitos de UTI (Unidade Terapia Intensiva) para o cuidado dos doentes. Parte deste número foi desativada com a diminuição da demanda em algumas localidades, no entanto, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) está tentando junto ao Ministério da Saúde manter os leitos abertos para o período pós-pandemia, os integrando ao sistema de saúde paranaense, que conta com 1.200 no total.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a intenção é de que 600 a 700 vagas sejam mantidas nos hospitais paranaenses, incluindo Londrina. “Estamos brigando no Ministério da Saúde para essa manutenção, no entanto, o ministério alega falta de recursos financeiros. É um legado que tem que ser pensado. (A organização do Sistema Único de Saúde) quebrou vários paradigmas. De repente conseguimos médico para tocar UTI, hoje temos várias pessoas para atender paciente intensivo. Não podemos jogar fora esse know-how", defendeu à FOLHA.
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Uma das dificuldades para a continuidade de leitos está nos valores repassados. Antes da pandemia, por exemplo, o SUS pagava por uma UTI simples de hospital aproximadamente R$ 480 a diária e por uma unidade avançada R$ 800. Com a alta demanda e urgência para criação de vagas, este valor beira atualmente os R$ 1.600. “Inflacionou o mercado de insumos e dos recursos humanos para manutenção das unidades”, explicou.
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