Saúde

Saúde alerta para necessidade de reforçar a vacinação contra a Covid-19

08 nov 2022 às 09:28

O Paraná registrou uma redução de 95% no número de vacinas aplicadas contra a Covid-19 no intervalo de um ano. Em outubro de 2021, ainda na esteira da grande procura pelo imunizante, foram registradas 2.479.269 doses e em outubro deste ano, apenas 121.779. Os números são da RNDS (Rede Nacional de Dados de Saúde), disponíveis no Vacinômetro Nacional.


Diante desta queda, a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde) alerta para a importância da retomada da vacinação, considerando a grande disponibilidade de imunizantes, a necessidade de prevenção da população, o número de faltosos e a circulação de novas variantes.


“Sabemos que nossa maior ferramenta contra o coronavírus é a vacina, porque ela reduz o agravamento da doença e diminui o risco de morte. Por isso, essa redução expressiva no número de doses aplicadas, na quantidade de paranaenses que não fecharam o esquema vacinal contra a doença, é extremamente preocupante”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.


Segundo a RNDS, o Paraná é o 5º estado que mais vacinou no País, registrando ao todo a aplicação de 27.876.265 vacinas contra a Covid-19. 


Destas, 10.179.981 foram primeiras doses (D1), 9.378.983 segundas doses (D2), 338.346 doses únicas (DU), 6.115.097 primeiras doses de reforço (REF), 1.414.520 segundas doses de reforço (R2) e 449.338 doses adicionais (DA). 


O número de não vacinados (nenhuma dose) é de 717.713 paranaenses. Os faltosos para D2 somam 1.406.201, para a REF, 5.289.405, e para a R2, 2.639.599 pessoas. 


Esses números consideram a estimativa populacional de 12 a 80 anos ou mais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2020 e a estimativa do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) de 2016 da população vacinável no Paraná, de 10.747.880 pessoas.


“Nossa cobertura na primeira e segunda dose é ótima, mas precisamos nos atentar aos faltosos nas doses de reforço, que são os imunizantes atualizados para as variantes que foram surgindo com o passar do tempo e vão continuar aparecendo enquanto houver a circulação da Covid-19. Não podemos deixar que a falsa sensação de proteção com as primeiras doses nos impeça de reforçarmos essa imunização e aumentarmos a prevenção contra a doença”, disse Beto Preto.


Todas as pessoas que possuam doses em atraso ou que ainda não tenham se vacinado contra a doença devem procurar uma Unidade de Saúde próxima e agendar sua imunização. As vacinas estão disponíveis nos 399 municípios do Estado. 


PANORAMA


Desde o início da pandemia, o Paraná registrou 2.742.740 casos confirmados e 45.209 mortes em decorrência da Covid-19. 


No último mês - outubro - foram 2.835 casos e 29 óbitos. Os números são os menores desde abril e março de 2020, respectivamente. Os dados têm registrado queda há pelo menos cinco meses e nessa primeira semana de novembro não houve nenhuma morte confirmada pela doença no Estado.


Dentre as mais de 4,5 mil amostras selecionadas para sequenciamento genômico pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) – para analisar as modificações do vírus e quais delas estão circulando – 3.621 já foram analisadas, resultando na detecção de 96 linhagens e sublinhagens do vírus Sars-CoV-2 no Estado. 


Destes, as principais são as variantes da Ômicron (57,9%), seguida pela Delta (17,7%) e Gamma (17,1%).


Nas últimas semanas uma nova subvariante da Ômicron, nominada como “BQ.1”, foi identificada no Brasil e aumentou a preocupação sobre uma possível nova onda da doença. Embora essa nova linhagem seja pouco conhecida e ainda não tenha chegado no Paraná, estima-se que a cepa possua maior risco de reinfecção, reforçando a necessidade da imunização contra a doença.


“O Estado monitora o aparecimento de todas as variantes desde o início e ressalta que a melhor proteção é a vacina. Se hoje temos uma situação epidemiológica estável é graças a vacinação. Por isso precisamos do apoio da população e das equipes municipais para retomar esse processo de imunização e impedir que os números voltem a subir”, alertou Beto Preto.

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