O Setembro Verde destaca a conscientização do câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal. O tema ganhou relevância recentemente com a corajosa revelação da cantora Preta Gil sobre sua luta contra um câncer retal. Essa campanha busca informar e alertar sobre a importância do diagnóstico precoce e dos sintomas que não podem ser ignorados.
O câncer de intestino é um dos tipos mais comuns da doença no mundo. No Brasil, segundo o Inca (Instituto Nacional de Câncer), estima-se que mais de 40 mil novos casos sejam diagnosticados anualmente. É o segundo câncer mais comum no País, tanto em homens como mulheres, ultrapassando o câncer de pulmão nos últimos anos. Entre os fatores de risco estão a idade, histórico familiar, dieta rica em gordura e pobre em fibras, o consumo excessivo de carne, principalmente, vermelha, sedentarismo e tabagismo.
Leia mais:
Pesquisa aponta que 29% dos brasileiros têm algum medo com relação às vacinas
Uma a cada dez mortes no Brasil pode ser atribuída ao consumo de ultraprocessados, diz Fiocruz
Estados brasileiros registram falta ou abastecimento irregular de, ao menos, 12 tipos de vacinas
Saúde do homem é tema de live com médicos londrinenses em novembro
A detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz. Mudanças nos hábitos intestinais, como diarreia ou constipação persistentes, sangramento retal, dor abdominal, perda de peso inexplicável e fadiga constante são sinais que não devem ser ignorados. É essencial buscar ajuda médica caso esses sintomas persistam por mais de algumas semanas. O câncer de intestino é uma doença que pode ser tratada com sucesso, principalmente quando diagnosticada em estágios iniciais.
“Exames como a colonoscopia são ferramentas poderosas para identificar pólipos ou lesões suspeitas antes que evoluam para um estágio mais avançado, sendo este o principal exame de rastreio. O Ministério da Saúde preconiza que todas as pessoas, mesmo que assintomáticas e sem histórico familiar, devem realizar uma colonoscopia a cada 5 ou 10 anos, a partir dos 50 anos de idade. Indivíduos com histórico familiar devem realizar antes mesmo dessa idade e os sintomáticos, o quanto antes. No IOP, estamos comprometidos em fornecer cuidados abrangentes e apoio aos nossos pacientes, desde o diagnóstico até o tratamento e acompanhamento", afirma o cirurgião oncológico do IOP (Instituto de Oncologia do Paraná), Cristiano Ontivero.
O câncer retal, que afeta a parte inferior do intestino grosso, pode exigir procedimentos cirúrgicos específicos. Em situações avançadas, a colostomia pode ser necessária para permitir a eliminação das fezes. A colostomia pode ser temporária ou permanente, e embora seja um ajuste significativo, muitos pacientes conseguem manter uma boa qualidade de vida após o procedimento.
O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação dessas abordagens, dependendo do estágio da doença. A colaboração entre médicos e pacientes é essencial para determinar a melhor estratégia de tratamento.
Dito isso, o Setembro Verde alerta sobre a importância de cuidar da saúde intestinal. A conscientização sobre os sintomas e a busca por atendimento médico precoce podem fazer a diferença entre um tratamento bem-sucedido e desafios maiores. A história de Preta Gil nos inspira a enfrentar o câncer com coragem e determinação, lembrando-nos de que a informação e o apoio são fundamentais nessa jornada. Lembre-se sempre: sua saúde está em suas mãos.