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Resultado do exame do paciente africano deve sair no sábado

10 out 2014 às 20:59

O quadro do paciente com suspeita de ter contraído o vírus ebola é estável. Em coletiva à imprensa no fim da tarde de hoje (10), o ministro da Saúde, Arthur Chioro, disse que o homem, de 47 anos, que veio da Guiné e está internado no Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, não teve febre, diarreia ou vômito.

O resultado do exame, confirmando ou descartando a contaminação, deve sair no fim da manhã deste sábado (11). O paciente voltou a afirmar hoje que não teve contato com pessoas infectadas com o vírus. O ministro reafirmou que, mesmo entre as pessoas que mantiveram contato com o paciente, o risco de transmissão é muito baixo, já que ele não apresentou vômitos nem diarreia, fluidos que podem transmitir o vírus.


Além dos dois agentes enviados ontem (9) para Cascavel, no Paraná, onde o caso foi identificado, o ministério incluiu hoje mais três no grupo de coordenação do monitoramento das 64 pessoas que estiveram com o paciente. Apenas os três profissionais de saúde tiveram contato mais direto com ele.


Segundo Chioro, 64% das 889 chamadas recebidas hoje pelo Disque 136 queriam tirar dúvidas relacionadas ao ebola. O ministro reiterou que já foram tomadas medidas de segurança em portos e aeroportos e que não haverá alteração na estratégia.


Chioro anunciou, ainda, que o governo brasileiro enviará para os países afetados pelo vírus alimentos, dez kits com medicamentos, além de insumos para atendimento trimestral de 500 pessoas.


O Ministério da Saúde confirmou ontem a suspeita de um caso de ebola no Brasil. O homem é da Guiné, país onde 1.350 pessoas foram contaminadas e 778 já morreram com a febre hemorrágica.


Inicialmente, o paciente foi atendido em Cascavel. Após a suspeita, ele foi encaminhado para o Instituto Evandro Chagas, no Rio de Janeiro. Do começo do ano até quarta-feira (8), foram registrados 4.076 casos da doença e 2.316 mortes na Libéria. Em Serra Leoa, 2.950 pessoas foram contaminadas e 930 morreram.

Esta semana, o caso da enfermeira espanhola que cuidou de um paciente com a doença foi o primeiro contágio a ser registrado fora da África Ocidental.


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