Gestores municipais de todo o país recebem, nesta quinta-feira (12), uma carta de compromisso para a continuidade das ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão do Zika vírus, da dengue e da febre chikungunya. A entrega está sendo feita pela equipe da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) junto com técnicos do Ministério da Saúde durante o encerramento da XIX Marcha dos Prefeitos, evento aberto na última segunda-feira em Brasília.
A carta é um alerta aos prefeitos de que o combate ao mosquito não pode sofrer interrupções. O documento adverte que uma eventual suspensão nas ações de erradicação pode acarretar em aumento da infestação do Aedes aegypti, favorecido pelas condições climáticas. "Não podemos deixar que todas as ações que temos desenvolvido desde o fim do ano passado tenham seu ritmo reduzido ou sejam extintas em razão da diminuição da incidência do mosquito. Por isso, recomendo não só aos prefeitos, mas à população dos municípios, que continuem engajados nessa luta. Juntos, podemos vencer o mosquito de uma vez por todas", destacou a coordenadora da Sala Nacional, Marta Damasco.
Desde que foi decretado estado de emergência em saúde pública, no final do ano passado, os mais de 5 mil municípios do país passaram a contar com a ajuda de 46 mil agentes de controle de endemias e 266 mil agentes comunitários de saúde. Eles, que já atuavam regularmente nessas atividades, passaram a realizar visitas de rotina às residências para eliminação e controle do vetor. Além disso, as ações realizadas nos municípios tiveram a participação de militares das Forças Armadas, que auxiliaram com transporte, comunicação e pessoal.
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Foi também elaborado pelo Ministério da Saúde o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, que contemplou o combate ao mosquito Aedes aegypti. Para eliminar o mosquito, o governo federal engajou vários órgãos privados e governamentais, com a criação de salas de coordenação e controle em nível nacional, estadual e municipal. Atualmente, 1.096 municípios notificaram possuir salas ou comitês de monitoramento das ações de combate ao Zika vírus e à microcefalia.
A Sala Nacional é responsável pela consolidação, monitoramento e divulgação dos dados de imóveis visitados e de focos encontrados, os quais são repassados por estados e municípios, além de promover ações para eliminação de criadouros do mosquito e de acompanhar e divulgar os resultados obtidos.