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Vacinação

Pessoas a partir de 18 anos com comorbidades podem tentar doses excedentes da vacina em SP

Mariana Freire - Folhapress
14 mai 2021 às 09:24

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- Pixabay
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Adultos com comorbidades residentes na capital podem se inscrever para a lista de espera para receber doses remanescentes da vacina contra a Covid-19 em unidades de saúde, em São Paulo. A inclusão de pessoas a partir de 18 anos nessa modalidade de vacinação vale desde a quarta-feira (12).


A regra foi divulgada em documento da SMS (Secretaria Municipal da Saúde) que define como deve ser realizada a vacinação na capital. Também podem receber as doses remanescentes profissionais de saúde com mais de 18 anos.

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Doses excedentes são aquelas que sobram em frascos abertos, mas não são aplicadas no público-alvo da campanha em horário próximo ao fechamento dos postos de saúde.

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O objetivo é utilizar essas doses para evitar desperdício de imunizantes, já que os frascos possuem 10 doses que, depois de abertos, vencem entre seis (no caso da AstraZeneca/Oxford) e oito horas (a Coronavac, da Sinovac/Butantan).

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Segundo a secretaria, nenhuma unidade de saúde tem autorização para desprezar doses remanescentes. Diariamente são aplicadas entre 1.800 e 2.000 doses excedentes de vacinas contra a Covid-19 nas unidades de saúde.


Para se inscrever nas listas de espera, a pessoa que se encaixa nos requisitos deve procurar a unidade de saúde mais próxima de sua casa e informar dados pessoais e um telefone para contato. "É importante que o número seja válido, pois é por meio dele que a equipe da unidade de saúde fará o chamado em caso de haver sobras", diz a pasta.

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A secretaria afirma que haverá segunda dose mesmo para quem se vacinar na lista de espera, já que no comprovante de vacinação não consta esse tipo de informação.


Tira-dúvidas sobre comorbidades

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Quem pode se vacinar?


pessoa com deficiência permanente beneficiária do BPC com 55 a 59 anos;

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pessoa com comorbidade de 55 anos a 59 anos


Quando começa a vacinação?

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11 de maio: pessoas com deficiência permanente;


12 de maio: pessoas com comorbidades de 55 anos a 59 anos;

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14 de maio: pessoas com comorbidades de 50 anos a 54 anos


Como comprovar deficiência?


Será necessário comprovar que é beneficiário do BPC e também sua condição de saúde


comprovação do BPC:


comprovante de pagamento do BPC ou;


extrato do INSS ou;


extrato bancário ou;


CadÚnico (cadastro único para programas sociais) ou;


comprovação também pode ser feita mostrando cadastro nos aplicativos Meu INSS e Meu CadÚnico;


comprovante de condição de saúde:


gratuidade de algum serviço público (Bilhete Único Especial);


comprovante de que passa por centros de reabilitação;


carteirinha do serviço de saúde;


cadastro na UBS com número de prontuário;


laudo médico


Como comprovar comorbidades?


Algum comprovante do estado de saúde. São eles:


exames ou;


receitas ou;


relatório médico ou prescrição médica;


nos casos de obesos com IMC igual ou acima de 40 que não possuir nenhuma das comprovações acima, é possível fazer a avaliação na própria UBS antes da vacinação (uma equipe de enfermagem poderá pesar o paciente e avaliar o seu IMC);


Obs: todos os documentos deverão conter o CRM do médico emitidos no máximo há dois anos (documentos válidos são aqueles só emitidos a partir de maio de 2019 em diante)


Quais comorbidades estão incluídas?


diabetes: pessoas com diabetes mellitus


pneumopatias crônicas graves: pessoas com problemas pulmonares graves, tais como: DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica); fibrose cística; fibroses pulmonares; pneumoconioses (doença causada pela inalação de poeira); asma grave (pessoas que fazem uso recorrente de corticóides sistêmicos, internação prévia por crise asmática); displasia broncopulmonar
hipertensão arterial resistente (HAR): quando a pressão arterial fica acima das metas recomendadas mesmo com o uso de três ou mais remédios (anti-hipertensivos) de diferentes classes; ou pressão arterial que só fica controlada com uso de quatro ou mais anti-hipertensivos;


hipertensão arterial estágios 1 (leve) e 2 (moderada): pessoas com pressão arterial máxima (sistólica) entre 140 mmHg e 179 mmHg (14 a 17), e/ou mínima (diastólica) entre 90 mmHg e 109 mmHg (9 a 10), desde que associada a outra comorbidade ou lesão nos chamados órgãos-alvo tais como cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos e rins;


hipertensão arterial estágio 3 (grave): pessoas com pressão arterial máxima (sistólica) igual ou superior a 180 mmHg e/ou mínima (diastólica) igual ou superior a 110 mmHg (18 por 11 ou superior), independente da presença de lesão nos chamados órgãos-alvo tais como cérebro, coração, vasos sanguíneos, olhos e rins ou comorbidade;


insuficiência cardíaca: insuficiência com fração de ejeção (capacidade de bombeamento do coração) reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B (lesão, mas sem sintomas), C (com lesão e sintomas atuais) ou D (casos mais graves, resistente a tratamentos), independentemente da classificação definida pela New York Heart Association, que estabelece escalas de sintomas dependendo do estágio da doença;


cor-pulmonale e hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico (problema no ventrículo direito que resulta em distúrbio pulmonar), hipertensão pulmonar (alterações que dificultam a passagem do sangue pelas artérias e veias pulmonores) primária (HPP) ou secundária (quando deriva de enfisema pulmonar ou doença cardíaca congênita);
cardiopatia hipertensiva: hipertrofia (alteração na estrutura e função) ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica (máxima e mínima), lesões nos chamados órgãos-alvo: cérebro; coração; vasos sanguíneos; olhos e rins;


síndromes coronarianas: síndromes crônicas como cardiopatia isquêmica, pós-infarto agudo do miocárdio, Angina Pectoris (estreitamento das artérias que levam sangue ao coração), entre outras;
valvopatias: doenças relacionadas às válvulas do coração (tricúspide, mitral, pulmonar e aórtica) que compromentam a circulação do sangue;


miocardiopatias e pericardiopatias: doenças que afetam o músculo cardíaco de quaisquer causas ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática;


doenças da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos;


arritmias cardíacas (batimentos cardíacos irregulares): com relevância clínica e/ou cardiopatia (doença cardíaca) associada;
cardiopatia congênita (pessoas que nasceram com a doença) no adulto: que afetem a circulação do sangue, causem crises hipoxêmicas (pouco oxigenação), insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico;


próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: abrange pessoas que,devido a problemas cardíacos, já tiveram que instalar próteses de válvula biológicas ou mecânicas; ou dispositivos tais como marcapasso, cardiodesfibrilador, ressincronizador, assistência circulatória de média ou longa permanência;


doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico (quando o AVC obstrui uma artéria), ou hemorrágico (quando rompe um vaso e sangra); ataque isquêmico transitório (AIT, provocado pelo bloqueio temporário de sangue no cérebro); demência vascular;


doença renal crônica: estágio 3 (lesão renal moderada) ou mais e/ou síndrome nefrótica (ocorre quando há perda maciça de proteínas pela urina que pode evoluir de forma crônica);


imunossuprimidos: transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente superior a 10 mg ao dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses; neoplasias hematológicas;


anemia falciforme: todas as pessoas com a doença;


obesidade mórbida: IMC (índice de massa corpórea) igual ou superior a 40;


cirrose hepática: Child-Pugh (tipo de score que mede a gravidade da doença) A, B ou C


síndrome de down: trissomia do cromossomo 21

Fonte: Secretaria Municipal de Saúde


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