Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Entenda

Novo teste portátil de anticorpos do coronavírus traz resultado em 1h com alta precisão

Everton Lopes Batista- Folhapress
25 jun 2021 às 15:12

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade


Cientistas da Universidade Duke, dos Estados Unidos, desenvolveram um novo teste capaz de detectar os anticorpos contra o coronavírus Sars-CoV-2 de alta precisão e com resultado em cerca de uma hora usando apenas uma gota de sangue.

Um artigo descrevendo o teste foi publicado nesta sexta-feira (25) na revista científica Science Advances, editada pela Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS), mesmo grupo que publica a prestigiosa revista Science.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O dispositivo, incluindo a tela onde o resultado é demonstrado, pode ser carregado em uma mochila e funciona com uma bateria, de acordo com os pesquisadores. A alta sensibilidade do teste e sua portabilidade permitiriam seu uso para ampliar levantamentos sorológicos da população e saber quem já teve contato com o patógeno.

Leia mais:

Imagem de destaque
Até julho, 544 atendimentos

Atendimento a dependentes de apostas cresce sete vezes no SUS, com alta entre mulheres

Imagem de destaque
Análise

Aumento de casos de coqueluche pode estar ligado à perda de imunidade vacinal e cobertura insuficiente

Imagem de destaque
Novos dados

Saúde alerta para a necessidade da vacinação contra a coqueluche para conter o aumento de casos

Imagem de destaque
Escassez

Falta de Ozempic em farmácias leva pacientes à busca por alternativas


No entanto, testes de anticorpos não indicam se a pessoa está com a infecção na fase aguda (naquele momento) e têm potencial limitado para dizer se alguém que já voi infectado pelo vírus ou que recebeu uma vacina anti-Covid está protegido.

Publicidade


Anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico capazes de evitar que o vírus se ligue às células do corpo e inicie uma infecção. A presença dessas proteínas indica que a pessoa teve um contato prévio com o vírus, mas não garante a proteção contra a doença. Há outras moléculas produzidas pelo sistema imune que formam barreira importante contra a infecção e não podem ser detectadas em tais exames.


De acordo com os resultados, o dispositivo é capaz de detectar e quantificar vários anticorpos que se relacionam com diferentes partes do vírus. O teste não apresentou nenhum resultado falso e ainda indicou a presença de anticorpos contra outros quatro tipos de coronavírus, demonstrando assim seu potencial para ser utilizado mesmo após a pandemia contra outras doenças.

Publicidade


A técnica usada no dispositivo é chamada de microfluídica. Trata-se de um sistema baseado em microchips por onde os fluidos circulam e reagem entre si. Quando uma reação positiva acontece, há a emissão de fluorescência que indica o resultado.


Embora ela não seja usada em larga escala ainda, não é nova e vem sendo desenvolvida há alguns anos. A aplicação para detecção de anticorpos do Sars-CoV-2 é inédita.

Publicidade


Para Flávio da Fonseca, virologista da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e presidente da Sociedade Brasileira de Virologia (SBV), que não participou da pesquisa, o novo exame chega em um momento apropriado.


"Depois de um ano e meio de pandemia, queremos saber como o vírus circulou em cada país e se as pessoas geraram alguma resposta imune contra o Sars-CoV-2, e isso um bom teste de anticorpos pode responder", diz o cientista.

Publicidade


Segundo Fonseca, o teste baseado em microfluídica não substitui o atual padrão ouro para detectar a infecção na fase aguda -o RT-PCR-, mas é uma alternativa melhor diante dos testes rápidos comercializados hoje, que também detectam anticorpos, mas têm qualidade variável (ainda fornecem resultados errados em algumas
ocasiões) e não mostram a quantidade dos anticorpos.


"Resta saber se o sistema será vantajoso do ponto de vista comercial para poder ser usado no Brasil", diz o cientista.

Os desenvolvedores do novo teste afirmam que, no futuro, o exame pode servir para confirmar se uma pessoa já teve contato com alguma variante do Sars-CoV-2. Os cientistas também desenvolvem uma maneira de o teste detectar biomarcadores que possam indicar se um infectado tem maiores chances de desenvolver a Covid-19 na forma mais grave.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo