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Após liberação

Liberação do canabidiol dá qualidade de vida a pacientes, dizem pais de usuários

Agência Brasil
14 jan 2015 às 15:02

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- Elza Fiuza/Agência Brasil
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Parentes de pacientes que usam o canabidiol no tratamento de doenças graves, como a epilepsia, comemoraram hoje (14) a reclassificação do produto, que passou de substância proibida para medicamento de uso controlado. A decisão foi tomada há pouco, por unanimidade, pelos membros da diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Katiele Bortoli, mãe de Anny Fisher, disse que a reclassificação representa esperança de qualidade de vida. A filha de Katiele sofre de um tipo grave de epilepsia e tem diversas crises convulsivas quando não usa o canabidiol. "Vocês não têm ideia do que se passa no coração de alguém desesperançoso. Essa reclassificação dá esperança, dá alívio, dá a sensação de que existe uma luz", afirmou Katiele. Ela ressaltou que não se trata de cura para nenhuma síndrome, mas de esperança de qualidade de vida.

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Norberto Fisher, pai de Anny, destacou que não há mais espaço para dúvidas relacionadas à eficácia do canabidiol no tratamento da epilepsia e de outras enfermidades graves. Para ele, a reclassificação da substância foi consequência do apelo social e não representa nenhum tipo de decisão política. "[A decisão da Anvisa] demonstra que o Brasil atingiu maturidade para debater e discutir a reclassificação do uso medicinal da cannabis".

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Júlio Américo Neto, pai de outro paciente, Lorenzo, lembrou que, por causa da vinculação com a maconha, a liberação do canabidiol enfrentou problemas. O filho de Júlio sofre de epilepsia refratária e também usa a substância para conter as crises convulsivas. "A reclassificação é um passo importante. A Anvisa está dando uma contribuição histórica para aliviar o sofrimento de milhares de pacientes com enfermidades tratáveis com a cannabis", disse Júlio.

Para Júlio Américo, a reclassificação abre caminho para o avanço das pesquisas.


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