Estão abertas as inscrições para a residência em Medicina de Família e Comunidade (MFC). A especialização, que oferece seis vagas, é realizada pela Prefeitura de Londrina, por meio da Comissão de Residência Médica (COREME) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Podem participar médicos e estudantes de Medicina, desde que estejam cursando o último ano da graduação. O período de inscrições vai até às 14h do dia 3 de novembro, somente pelo Portal da Prefeitura de Londrina.
Os profissionais que participam da Residência em Medicina de Família e Comunidade, da Prefeitura de Londrina, são contemplados com bolsas financiadas pelo Ministério da Saúde, por meio do Programa Pró-Residência. Além disso, o programa municipal é credenciado junto à Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Com 24 meses de duração, a residência médica capacita, em aulas teóricas e práticas, profissionais que poderão atuar na Atenção Primária em Saúde. O objetivo da Medicina de Família e Comunidade é atender pacientes de todas as faixas etárias, sendo porta de entrada para o sistema de saúde.
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Segundo a coordenadora da COREME, Sônia Orquiza, desde a implantação do programa de residência, nove médicos já concluíram a especialização e outros quatro devem se formar no início de 2021. "São médicos qualificados a atender todas as pessoas, independentemente de cor, idade, gênero, dificuldade ou problema. O médico de Família e Comunidade é um camaleão, e tem que se adequar à sua comunidade. Ele tem que estar sempre estudando, se aperfeiçoando”, explicou.
A estimativa é que, na atenção primária, composta principalmente pelas Unidades Básicas de Saúde, os médicos formados em Medicina da Família e Comunidade sejam aptos a solucionar até 90% dos casos. "Com eles, o índice de encaminhamento para especialistas é menor, e a satisfação dos pacientes é bem maior, porque é um médico focado na relação médico-paciente e em comunicar-se melhor com as pessoas. Com isso, a saúde da população só tende a melhorar, porque esse profissional atende melhor e é mais resolutivo”, destacou a coordenadora.
Durante a residência, os profissionais atuam em todos os serviços de saúde que são geridos pelo Município, incluindo unidades de urgência e emergência, Policlínica Municipal, CAPS, Vigilância Sanitária e Epidemiológica, e nos hospitais da cidade, como Zona Sul e Zona Norte. Nestes locais, os preceptores, médicos especialistas, são responsáveis por orientar os residentes.
Relato – Cristiane Sayuri Shibata está no segundo ano da residência médica. Ainda na faculdade, decidiu que queria atuar com públicos diversos, de bebês a idosos. "Por isso decidi fazer a residência de MFC, porque ela te forma como um médico completo. E eu sou muito realizada, o Programa de Residência de Londrina é muito bom. A pandemia, infelizmente, restringiu nossos estágios, mas ainda assim muitos estão funcionando, e eles trazem um conhecimento muito grande para nós. Estou muito feliz, muito satisfeita, continuo querendo atender na rede pública. Já atuei com pacientes de classe alta em São Paulo, mas não era tão feliz como sou hoje, atendendo pessoas da minha comunidade”, relatou.
Para os colegas de profissão, ou estudantes, que se perguntam se vale a pena ser médico da Família e Comunidade, Shibata é incisiva: sim. "O que eu faço hoje me deixou extremamente realizada e estou bem satisfeita. O médico ou estudante que queira se especializar em cuidar de gente precisa fazer a Residência em MFC. Nessa especialidade não cuidamos da doença, que é mais fácil, e sim vemos o paciente em todo âmbito social, econômico e emocional. E isso é muito mais complexo”, finalizou.
Seleção – Para ingressar no processo seletivo, é cobrada uma taxa de R$150. São aptos a solicitar a isenção os candidatos que se enquadrem em um dos seguintes requisitos: servidor público estatutário da Prefeitura de Londrina, candidato inscrito no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal, prestador de serviço eleitoral ou que tenha feito duas doações de sangue, dentro do período de doze meses anterior à data da publicação deste edital.
Para pleitear a isenção, basta fazer a inscrição normalmente, imprimir o boleto, e preencher o formulário constante do Anexo I do Edital. O arquivo deve ser encaminhado para [email protected], com assunto "ISENÇÃO”, entre os dias 20 a 23 de outubro. A expectativa é que no dia 27 de outubro seja divulgado edital com o deferimento ou indeferimento dos pedidos de isenção.
A seleção dos candidatos ocorrerá em duas fases. A primeira, será a prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, prevista para o dia 29 de novembro, em local e horário a ser divulgado pela organização. A prova, com duração máxima de quatro horas, será composta por 50 questões referentes a temas das especialidades de Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Cirurgia Geral e Medicina Preventiva e Social, conforme o conteúdo programático, que consta no Anexo IV do Edital.
Os candidatos que atingirem 45 pontos (ou mais) na prova objetiva serão classificados para a segunda fase, de análise e arguição do "curriculum vitae”. Os candidatos deverão entregar, no dia da prova objetiva, seus currículos, armazenados em envelopes não lacrados. No dia 14 de dezembro, está prevista a publicação do Edital de Convocação para a arguição de "curriculum vitae”, com o horário de cada um dos candidatos. A arguição será realizada na sede da Secretaria Municipal de Saúde (Avenida Theodoro Victorelli, 103), e deve ocorrer em 17 de dezembro de 2020.
Para 18 de dezembro, está programada a divulgação da pontuação de análise e arguição do currículo. No mesmo dia, o Município irá divulgar a classificação final provisória, sendo que a homologação do resultado final está prevista para 22 de dezembro.
Os candidatos classificados e convocados deverão assinar Termo de Compromisso da Residência e efetuar a matrícula presencialmente, no dia 11 de janeiro de 2021 na Diretoria de Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde, que fica na sede da SMS. O atendimento será realizado das 8 às 14 horas, e é preciso ter em mãos os documentos exigidos no Edital.