A predominância da variante Ômicron de Covid-19 no Paraná foi confirmada pelo 6º Relatório de circulação de linhagens do vírus Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19, do Instituto Carlos Chagas, Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Paraná. confirmou O documento foi recebido pela Sesa (secretaria de Estado da Saúde) neste sábado (15). Atualmente, o Paraná possui 92 casos confirmados da variante Ômicron, sem registro de óbitos até o momento.
Segundo a Sesa, a análise considera 178 amostras coletadas de 27 de dezembro a 2 de janeiro nas quatro macrorregiões em parceria com o IBMP (Instituto de Biologia Molecular do Paraná), onde 91 (51,1%) foram confirmadas para a variante Ômicron e 87 (48,9%) para a variante Delta. As cepas são consideradas como “variantes de preocupação” – VOC pela OMS (Organização Mundial da Saúde). As VOC são aquelas que têm evidências de induzir casos mais graves e aumentar a transmissibilidade da doença.
A Sesa havia divulgado a circulação da variante Ômicron na última quarta-feira (12) com um caso confirmado em Curitiba após sequenciamento genômico da Fiocruz do Rio de Janeiro. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, já alertava para a possibilidade de predominância da nova variante no Paraná, designada como VOC em novembro do ano passado.
“Quando tivemos a confirmação do primeiro caso, já falamos que existia transmissão comunitária da variante no Paraná, considerando a alta transmissão da doença nos primeiros dias de janeiro. A Ômicron tem essa característica de se espalhar mais fácil e se detectamos em mais da metade dessas amostras, certamente o número de casos é muito maior”, pontuou o secretário.
A grande cobertura vacinal contra a Covid-19 colaborou para que a circulação da nova variante não resultasse no agravamento da doença na maioria dos casos, frisou Beto Preto. “Precisamos alertar para a importância da vacinação. A imunização contra a doença, aliada com os cuidados não farmacológicos e conscientização da população, são nossas principais armas contra esse vírus que se modifica e dissemina muito rapidamente”, destacou o secretário.
Os casos identificados pela Fiocruz Paraná no relatório serão inseridos no monitoramento oficial do Estado nos próximos dias, depois de investigação epidemiológica para identificação do perfil dos casos, municípios de residência dos infectados e evolução dos casos.