A gigante farmacêutica francesa Sanofi anunciou, nesta quarta-feira (23), resultados positivos em grande escala de sua vacina anticovid-19, desenvolvida em parceria com o laboratório britânico GSK, após um ano de testes e adiamentos.
"Sanofi e GSK vão solicitar a aprovação regulatória de sua vacina contra Covid-19" nos Estados Unidos e na União Europeia, anunciaram ambos os grupos em um comunicado, após testes realizados em milhares de pessoas.
Embora os estudos completos ainda não tenham sido publicados, seus resultados mostram que o fármaco contribui para prevenir a hospitalização relacionada com o coronavírus.
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"Estamos confiantes de que esta vacina pode desempenhar um papel importante à medida que continuamos a lidar com essa pandemia e nos preparamos para o período pós-pandemia", disse o presidente da GSK Vaccines, Roger Connor.
Dados iniciais do teste de estágio final da vacina mostraram que era 100% eficaz contra Covid-19 grave e hospitalização e 75% de eficácia contra doença moderada ou grave. Além disso, a vacina teria uma eficácia ligeiramente superior a 50% para a Covid sintomática.
"Nenhum outro estudo global de eficácia de fase 3 foi realizado durante este período com tantas variantes de preocupação, incluindo ômicron, e esses dados de eficácia são semelhantes aos dados clínicos recentes de vacinas autorizadas", disse Thomas Triomphe, vice-presidente executivo da Sanofi Vaccines.
Se a vacina for autorizada, será o fim de uma longa jornada para ambas as empresas farmacêuticas, que esperavam poder comercializar o medicamento em meados de 2021.
Os primeiros obstáculos surgiram com a dosagem correta da vacina e, depois, com a dificuldade de se encontrar pessoas ainda não infectadas, para que os testes fossem confiáveis.
A Sanofi teve de abandonar suas tentativas de criar uma vacina baseada na tecnologia de RNAm, que tem sido a base de suas concorrentes Pfizer/BioNTech e Moderna.
Um porta-voz da Sanofi reiterou o compromisso da farmacêutica francesa de fornecer um total de 75 milhões de doses para a União Europeia e Grã-Bretanha, bem como 100 milhões para os Estados Unidos, dependendo da aprovação regulatória.
As entregas planejadas nos EUA seriam regidas por um contrato de US$ 2,1 bilhões com o governo americano assinado em julho de 2020, acrescentou.