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Pesquisa científica

Estudo decifra genoma da bactéria que causa coqueluche

Redação Bonde/ Portal Brasil
20 nov 2014 às 15:01

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- Reprodução/Fiocruz
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Um estudo liderado por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) apresentou o genoma da bactéria Bordetella pertussis, que vem, atualmente, causando a coqueluche no Brasil.

A informação – publicada na edição de novembro da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz – pode ajudar o País a entender as causas do aumento do número de casos da doença observado nos últimos anos.

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Em 2013, foram cerca de seis mil registros, dez vezes mais que em 2010, quando foram computadas cerca 600 ocorrências, segundo dados do Ministério da Saúde (MS).

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Coordenadora da pesquisa e chefe do Laboratório de Genética Molecular de Micro-organismos do IOC, Ana Carolina Vicente, explica que este cenário não está restrito ao Brasil: entre as doenças que podem ser prevenidas por vacinas, a coqueluche é, atualmente, a infecção mais frequente no mundo.

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Segundo a pesquisadora, trata-se de um retrocesso já que esta infecção era considerada controlada. "Há algum tempo, a re-emergência da B. pertussis é observada em países desenvolvidos, onde há programas de vacinação estabelecidos. Isso levou à realização de pesquisas para investigar as características desta bactéria, e a forma mais direta de se fazer isso é o estudo do material genético", afirma a pesquisadora.


O sequenciamento do DNA mostrou que o micro-organismo isolado no Brasil pertence à mesma linhagem que tem provocado casos de coqueluche em diversos países nos últimos anos e, por isso, está sendo chamada de pandêmica.

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Segundo Ana Carolina, pesquisas internacionais já verificaram que há diferenças no código genético destes novos bacilos em relação às antigas linhagens, que circulavam antes do desenvolvimento e implementação dos programas de vacinação contra a coqueluche, na década de 1950.


"Entre outras modificações, a linhagem pandêmica tem uma mutação no gene que determina a produção da toxina pertussis. A princípio, nesta nova linhagem, este gene está mais ativado e, por isso, ela produz mais toxina, um fator de virulência da bactéria, que pode trazer mais prejuízos ao ser humano", relata a geneticista.


A amostra foi cedida pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Pernambuco (Lacen-PE), parceiro no estudo.

Mais informações clique aqui.


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