O vegetal híbrido foi batizado de TomTato ─ uma combinação das palavras "tomato" e "potato" (tomate e batata, respectivamente, em inglês).
Sediada em Ipswich, no leste da Inglaterra, a companhia responsável pelo produto, Thompson and Morgan, afirmou que as plantas híbridas não foram geneticamente modificadas.
Plantas similares já foram criadas no Reino Unido, mas a empresa disse que é a primeira vez que elas foram produzidas em escala comercial.
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Guy Barter, da Sociedade Real de Horticultura (RHS, na sigla em inglês), afirmou que a entidade está acompanhando a descoberta com "interesse real".
Sabor
Barter disse que já foram criadas muitas dessas plantas – partir de uma técnica conhecida como enxertia –, mas que o sabor dos seus frutos sempre foi um problema.
"No passado, nunca botamos fé nessas plantas – não eram muito boas –, mas a enxertia vem funcionando a trancos e barrancos nos últimos anos", disse ele.
"(Mas) a Thompson and Morgan é uma companhia de reputação e tem muito a perder; não descartaria que (a planta híbrada) possa ser valiosa para eles. Muitas pessoas não têm muito espaço em seus jardins, e imagino que o produto desperte seu interesse."
Paul Hansord, diretor da Thompson and Morgan, disse que os tomates da planta híbrida são mais saborosos do que muitos dos comprados nos supermercados e afirmou que a planta exigiu uma década de trabalho.
"Foi muito difícil desenvolver essa planta porque o caule do tomate e o caule da batata são muito grossos para que a enxertia funcione", explicou.
"É uma operação que exige bastante qualificação. Nós já vimos produtos similares no mercado. No entanto, ao observarmos mais detalhadamente, percebemos que muitos dos nossos concorrentes são, na verdade, uma batata plantada em um vaso com um tomate plantado no mesmo vaso. Já a nossa planta é única e não produz folhagem de batata."
A empresa diz que as plantas duram uma estação e, quando os tomates estão maduros para serem colhidos, as batatas também podem ser desenterradas.
A Thompson and Morgan acrescentou que ambas as extremidades das plantas foram testadas para o composto alfa-solanina – um veneno que pode ser produzido dependendo das condições de crescimento e armazenamento do vegetal – e foram consideradas seguras por autoridades alimentares.
Um produto similar, batizado de "Potato Tom", foi lançado em jardins da Nova Zelândia nesta semana.