Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Pandemia

Deixar o coronavírus circular livremente é antiético, afirma OMS

Ana Estela de Sousa Pinto - Folhapress
12 out 2020 às 15:40

Compartilhar notícia

- Pixabay
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

"Deixar que um vírus que não conhecemos bem circule livremente é antiético. Não é uma opção", afirmou nesta segunda o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus.


A declaração foi feita uma semana depois da publicação de uma carta aberta escrita por cientistas americanos e europeus defendendo que os jovens levassem "vida normal" para aumentar a circulação do vírus e acelerar a obtenção da imunidade de rebanho (aquela na qual a porcentagem de pessoas com anticorpos é grande o suficiente para bloquear a transmissão da doença).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


"A escolha não pode ser entre deixar o vírus circular ou fazer confinamentos. Há muitas ferramentas já conhecidas e disponíveis para evitar a transmissão da doença", afirmou Ghebreyesus.

Leia mais:

Imagem de destaque
Saiba mais

Exame para detectar doença rara em recém-nascidos se torna obrigatório no Brasil

Imagem de destaque
No Jardim Santo André

Prefeitura de Cambé assina ordem de serviço para construção de Pronto Atendimento Municipal

Imagem de destaque
Entenda

Não é necessário excluir carne vermelha da dieta para melhorar saúde intestinal, sugere estudo

Imagem de destaque
29 descartados

Londrina registra 16 casos confirmados de dengue em 2025; 213 estão em análise


LEIA TAMBÉM: Média móvel de casos de Covid-19 cai pela quinta semana seguida no Paraná

Publicidade


Sem citar especificamente os cientistas da chamada Declaração do Grande Barrington, que defende que os idosos e doentes sejam protegidos e os jovens voltem a circular, o diretor da OMS citou várias razões pelas quais discorda dessa estratégia.


A primeira delas é a de que há um número ainda muito grande de pessoas suscetíveis à Covid-19 no mundo. A porcentagem de quem já contraiu o vírus varia muito de local para local, mas na Suécia, por exemplo, um país em que não houve confinamento, ela é de 10,8%, de acordo com os números mais recentes.

Publicidade


Em Estocolmo, maior cidade do país, são os 16% os que já tiveram contato com o vírus.


Mesmo que a porcentagem cresça, os cientistas ainda não sabem por quanto tempo dura a imunidade, e pode ser que mesmo os que já desenvolveram anticorpos possam adoecer de novo, afirmou o diretor da OMS.

Publicidade


Também não se pode traçar estratégias levando em conta apenas as probabilidades maiores ou menores de que a doença leve à morte, porque já se sabe que a infecção pelo coronavírus pode deixar efeitos de longo prazo da doença -isso vem sendo chamado de Covid-19 longa.


"Sabemos que há casos de sequelas no pulmão, no coração e no cérebro que ainda estamos estudando, e por isso precisamos impedir não só mais mortes mas também mais infecções", afirmou a líder técnica Maria von Kherkove.

Publicidade


Além disso, disse Ghebreyesus, ainda que os mais velhos e doentes crônicos tenham mais risco de morrer, pessoas de todas as idades perderam a vida por causa do coronavírus.


"Deixar o vírus circular e mais gente adoecer significa aumentar desnecessariamente o sofrimento e as mortes", disse ele.

Publicidade


Brasil

O diretor-executivo da OMS, Michael Ryan, afirmou que o fato de que os números de novos casos no Brasil estarem caindo deve ser comemorado, mas não indicam que a doença esteja vencida no país.


"O Brasil é um país muito vasto e diverso, e pode haver locais em que as infecções estejam crescendo, embora na média os números estejam caindo", disse ele.

Publicidade


Ryan atribuiu a melhora da doença no Brasil aos esforços dos profissionais de saúde e das próprias comunidades, e afirmou que os governos devem continuar monitorando de perto os casos para impedir ressurgências.


"Uma coisa que aprendemos com o que está acontecendo agora na Europa é que conter a transmissão não impede que ela volte com força", afirmou Ryan.

O diretor afirmou que o número de hospitalizações estão crescendo na Europa, e que isso preocupa porque a eficiência dos tratamentos cai quando o número de doentes aumenta, pois cresce o risco de falta de equipamento ou de profissionais, entre outros problemas.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo