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Como a filha de Alok

Covid-19 aumenta risco de parto prematuro, diz estudo

Redação Bonde com assessoria de imprensa
07 dez 2020 às 15:21

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- iStock
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O nascimento prematuro da pequena Raika, filha do DJ Alok e de Romana Novais, ocorreu no início de dezembro. O casal havia anunciado ter contraído o Covid-19 poucos dias antes do nascimento do bebê. Desde o início da pandemia, os médicos perceberam que uma parcela das gestantes com o novo coronavírus evoluiu para partos prematuros


Os estudos estão em andamento, mas segundo uma revisão de várias pesquisas, publicada recentemente na Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, esses desfechos podem estar relacionados à vulnerabilidade das gestantes a infecções respiratórias graves. De acordo com a pesquisa, 41% dos partos ocorreram antes de 37 semanas e 15% antes de 34 semanas.

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Conforme os pesquisadores, uma das teorias é que devido às mudanças adaptativas fisiológicas durante a gestação, como o aumento do consumo de oxigênio, edema da mucosa do trato respiratório e elevação do diafragma, as gestantes têm menos tolerância à hipóxia (falta de oxigênio). A boa notícia é que a transmissão vertical, ou seja, quando a mãe transmite o vírus para o bebê, é raríssima.

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Infelizmente, a prematuridade pode trazer algumas complicações oftalmológicas para o bebê, como a ROP (retinopatia da prematuridade). Segundo a dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra e especialista em estrabismo, a ROP é uma das principais causas de cegueira infantil que podem ser prevenidas e está relacionada à imaturidade orgânica do prematuro.

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Idade gestacional e baixo peso


"A ROP é uma doença vasoproliferativa que surge como resultado de uma vascularização inadequada da retina dos bebês pré-termo. Quanto mais prematuramente o bebê nascer, maior o risco de ter a ROP", diz.

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De acordo com dados das Diretrizes da AMB (Associação Médica Brasileira), a ROP é uma das principais causas de cegueira prevenível na infância. A incidência da patologia em bebês com peso inferior a 1,2 Kg é de 68%. Os dois fatores de risco mais importantes são a idade gestacional, baixo peso e oxigenioterapia.


Cuidados neonatais

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A boa evolução de um bebê prematuro depende, sobretudo, da disponibilidade de recursos na maternidade em que nasceu. Nos últimos anos, a necessidade de um oftalmopediatra nas unidades neonatais foi reconhecida como de extrema importância.


"Existe um período, uma janela de oportunidade, para tratar a retinopatia da prematuridade. Recomenda-se que bebê prematuro seja avaliado por um oftalmopediatra entre a 31ª e 33ª semana de idade gestacional ou entre a 4ª e 6ª semana de vida", comenta a médica.

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"Vale lembrar ainda que os prematuros têm 46% de chance de apresentarem outras condições oftalmológicas, como estrabismo, nistagmo e erros refrativos. Portanto, o acompanhamento com um oftalmopediatra independe de o bebê apresentar ou não a retinopatia da prematuridade", ressalta.


Desenvolvimento Visual

"O bebê prematuro precisará de consultas com o oftalmopediatra de forma rotineira, até que a visão esteja completa, por volta dos sete ou oito anos, mesmo que não apresente nenhum problema na maternidade", finaliza.


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