A Secretaria da Saúde do Paraná iniciou nesta sexta-feira (09) o trabalho de investigação ampliada de casos da variante delta com a participação de uma equipe do Programa de Treinamento em EpiSUS (Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde), do Ministério da Saúde.
Houve uma primeira reunião com técnicos do nível central da Secretaria para o início do inquérito investigativo que pretende estender a pesquisa epidemiológica no Estado. O encontro teve a presença do secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, de representantes da Secretaria Nacional de Vigilância do MS, equipes estaduais da Vigilância Epidemiológica, das regionais de Saúde de Apucarana, Londrina, Maringá e Francisco Beltrão e dos quatro municípios que apresentam casos confirmados.
Até o momento o Paraná tem sete casos confirmados da variante, mas não existe transmissão comunitária.
Leia mais:
3 em cada 10 homens nunca fizeram nem pretendem fazer exame de toque retal, diz pesquisa
Alunos da rede municipal terão atendimento oftalmológico gratuito neste sábado
Escassez de vacinas contra Covid indica falta de planejamento do governo, dizem especialistas
Aumenta o número de surtos de doenças diarreicas no PR; atenção deve ser redobrada com crianças
"Agradecemos a presença e o apoio do Ministério da Saúde neste importante trabalho investigativo e para isso contamos com a participação também dos municípios. Ressaltamos que é um inquérito epidemiológico para detectar o nível de circulação do vírus no Estado”, destacou o secretário Beto Preto. "A partir do nosso contato inicial com o EpiSUS, na noite de quinta, a resposta foi praticamente imediata e, em menos de 24h a equipe do Ministério da Saúde já está aqui pronta para nos apoiar”.
O Ministério da Saúde explicou que a investigação inicial será de análise de informações e dados, além de entrevistas e visitas a locais estratégicos por onde os contatos tenham circulado. Dos sete casos confirmados, quatro foram em Apucarana, um em Francisco Beltrão, um em Mandaguari e um em Rolândia.
Coleta – Além do trabalho de campo, o Lacen (Laboratório Central do Estado) continuará enviando quinzenalmente amostras para investigação e monitoramento das cepas circulantes no Paraná. A seleção é feita de forma aleatória e cumpre critérios técnicos e epidemiológicos.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o Paraná já registrou a circulação de 24 linhagens de Sars-CoV-2, o vírus que provoca a Covid-19. Eles foram confirmados após o envio de testes RT-PCR positivos de paranaenses para sequenciamento genômico na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e Funed (Fundação Ezequiel Dias), sob orientação da Rede Genômica Fiocruz e do Ministério da Saúde.