O Brasil já registrou 337 casos de febre chikungunya, considerando balanço até o dia 11 de outubro. O dado foi divulgado nesta quarta-feira, 15, pelo Ministério da Saúde. Da soma de 337 casos, 87 confirmados por critério laboratorial e 250 por critério clínico-epidemiológico.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Saúde, desse total, há 38 casos importados de pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os casos importados estão distribuídos por 12 Unidades da Federação: Amazonas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo.
Os outros 299 foram diagnosticados em pessoas sem registro de viagem internacional para países onde ocorre a transmissão (Amapá, 17 casos; Bahia, 281; e Minas Gerais, 1). Dos casos autóctones, 17 foram registrados no município de Oiapoque (AP), 274 no município de Feira de Santana (BA), 7 em Riachão do Jacuípe (BA) e 1 em Matozinhos (MG), informa o ministério.
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Uma vez caracterizada a transmissão sustentada de Chikungunya em uma determinada área, com a confirmação laboratorial dos primeiros casos, o Ministério da Saúde recomenda que os demais casos sejam confirmados por critério clínico-epidemiológico, que leva em conta fatores como sintomas apresentados e o vínculo dele com pessoas que já contraíram a doença.
A febre chikungunya é uma doença causada por vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes Aegypti (transmissor da dengue) e o Aedes Albopictus os principais vetores. Os sintomas são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema (lesão avermelhada na pele) e costumam durar de três a dez dias. A letalidade da chikungunya, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), é rara, sendo menos frequente que nos casos de dengue.