A média móvel de casos novos de Covid-19 mais que dobrou no Paraná, com um aumento percentual de 104,91%. Entre 31 de outubro e 6 de novembro foram registrados 956. Entre 7 e 13, já foram confirmados 1.959. Nos três boletins mais recentes, houve o registro de 686 novos casos da doença no estado, um aumento de 53,46% em relação aos três primeiros dias da semana anterior, quando houve o registro de 447 casos.
O Ministério da Saúde expôs que teve 40 casos confirmados de Covid-19 pela sublinhagem BQ.1* (BQ.1 + BQ.1.1) da Ômicron, identificadas no Rio de Janeiro (12), Amazonas (1), São Paulo (2), Rio Grande do Sul (1), Santa Catarina (5), Distrito Federal (13), Alagoas (1), Espírito Santo (1) e Ceará (4). Somente em 11 de novembro de 2022, foram notificados 19 casos (SC, DF, CE, ES e AL). Também está sendo identificada a sublinhagem BA.5.3.1 da Ômicron, com maior número de sequenciamentos no Amazonas.
A infectologista Cláudia Carrilho, do HU de Londrina (Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná), percebeu aumento de casos de Covid-19 entre os funcionários do hospital. Em relação às novas variantes, ela disse que há expectativa de aumentos de casos na cidade, a exemplo de outras cidades do Brasil onde isso vem ocorrendo.
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“Novas variantes podem ter escapado da vacina e aumentar o número de pessoas infectadas. Quanto maior esse número de pessoas infectadas, maior a circulação do vírus e consequentemente maior chance de novas variantes surgirem.”
Questionada os casos resultantes de novas variantes são mais leves ou podem gerar efeitos adversos de longo prazo, Carrilho disse que ainda não é possível saber as consequências a longo prazo. “Mas o número de internados não aumentou, apenas o número de casos positivos.”
Embora a percepção da população era de que a pandemia de Covid-19 estisse acabando, resultando no abandono de alguns protocolos, Carrilho ressalta que é preciso ter os cuidados de prevenção, como higiene das mãos e máscaras em locais fechados e aglomerados e principalmente incrementar a vacinação. “Todos devem estar com a vacinação em dia", diz. Carrilho reforça que as mortes recentes relatadas são geralmente associadas a paciente com comorbidades, idosos ou imunossuprimidos.